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Acorrentou o filho e deixou-o à fome por roubar

Jornal de Notícias

O pastor de uma igreja na cidade de Ota, Estado de Ogun, acorrentou o filho a um altar durante mais de um mês e deixou-o passar fome até entrar em coma. Francis Taiwo, de 40 anos, pensava que o menino de nove anos estava possuído por um "espírito maléfico" que o fazia roubar e, por isso, precisava de ser "libertado".

Numa foto divulgada pela imprensa local, é possível ver o rapaz magro, com correntes à volta do corpo e um cadeado no pescoço.

A polícia estatal disse que este é um dos piores casos de maus tratos infantis que já viu e, em comunicado, revelou que alguns membros da igreja ajudavam o pastor a manter o filho em cativeiro. A sua atual mulher, madrasta de Korede, também foi detida por cumplicidade nos maus tratos infligidos à criança.

Ao "Nigeria Today", um habitante local explicou que o pastor já tinha sido avisado sobre os maus tratos ao filho. "Ele acorrentou-o nos últimos seis meses. Prendia-o durante horas e depois libertava-o". Foi uma denúncia da população local que originou a operação policial que levou à libertação de Korede, na passada sexta-feira.

Korede Taiwo revelou ao jornal nigeriano "The Punch" que não quer voltar para a casa do pai. "Eu quero voltar para a escola, porque no futuro quero ser médico. Eu não quero voltar para a casa do meu pai", confessou o menino.

O caso foi entregue à agência de combate ao tráfico humano e trabalho infantil da Nigéria, que está a investigar. "O pastor pode ser acusado de homicídio. As suas ações podiam ter causado a morte do rapaz", referiu fonte policial.
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