Após meses de suspense, a desistência do prefeito Mauro Mendes (PSB) de brigar pela reeleição torna a disputa pela Prefeitura de Cuiabá uma autêntica loteria, onde praticamente todos os candidatos têm chances de disputar o segundo turno. Mauro era apontado como favorito disparado, inclusive com possibilidade real de vencer no primeiro turno e, se não conseguisse, seria nome certo no segundo.
Além de um nome a ser escolhido pela base aliada do governador José Pedro Taques (PSDB) até a noite desta sexta-feira (5), outros cinco estão no páreo: o deputado Emanuel Pinheiro (PMDB), a ex-senadora Serys Slhessarenko (PRB), o ex-juiz Julier Sebastião (PDT), o Procurador Mauro Lara (Psol), e o professor Renato Santtana (Rede).
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Em tese, os nomes mais fortes são Pinheiro e Procurador Mauro, com Julier e Serys tendo perspectivas razoáveis de crescimento, dependendo do desenrolar da campanha. No cenário mais provável, deve haver segundo turno entre um nome governista e um da oposição, na batalha pelo Palácio Alencastro.
Para surpresa geral, Mendes dispensou os apoios de Taques, do vice-governador Carlos Fávaro (PSDB) e do ministro da Agricultura, senador licenciado Blairo Maggi (PP). Alguns aliados do atual prefeito podem debandar, como o Partido Progressista e o Solidariedade. Existe a possibilidade de PP e SD lançarem o vereador Haroldo da Açofer Kuzai (SD), presidente da Câmara de Cuiabá, um dos cotados para ser vice na chapa de Mendes até a semana passada.
As candidaturas para o comando do Palácio Alencastro não têm mais as definições de esquerda e direita, embora o Psol seja marxista, por principio. PSB e PDT há muito deixaram de ser esquerda tradicional e a Rede Sustentabilidade possui foco ambiental. Sem Mendes, o PSB deve lançar outro nome, mas a tendência é de diminuir de tamanho, na Capital. E, em sendo assim, o principal derrotado, no pleito.