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Cenário definitivo aponta disputa voto a voto pela Prefeitura de Cuiabá, com provável segundo turno

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

Procurador Mauro Lara (Psol), Renato Santtana (Rede), Serys Slhessarenko (PRB), Emanuel Pinheiro (PMDB), Wilson Santos (PSDB) e Julier Sebastião da Silva (PDT). Um deles será o próximo prefeito de Cuiabá, a ser eleito em 2 de outubro – ou 30 de outubro em caso de um provável segundo turno, com posse marcada para 1º de janeiro de 2017, para quatro anos de mandato.
 
A opinião de todos os concorrentes é de que desistência do prefeito Mauro Mendes (PSB), até então favorito absoluto ao pleito, deixou a disputa totalmente aberta. E, entre os oposicionistas, existe a certeza de que os fatos marcantes dos últimos meses repercutirão decisivamente, no cenário eleitoral de 2016.

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Procurador Mauro, Emanuel Pinheiro, Julier e Serys já deixaram claro que vão explorar a queda-de-braço do governo com o Fórum Sindical, pela aplicação do Reajuste Geral Anual (RGA) de 11,28% no subsídio dos servidores. Após greves e batalhas intermináveis, o governador José Pedro  Taques (PSDB) concedeu 7,45% de reposição, com compromisso de complementar o que faltou no RGA de 2017.
 
Wilson já foi candidato a prefeito de Cuiabá três vezes e venceu duas (2004 e 2008). Emanuel foi candidato em 2000. E Procurador Mauro Lara foi candidato em 2008.
 
Noutra vertente, deve ocupar espaço a crise econômica achatou a já combalida situação financeira da Prefeitura de Cuiabá, obrigando Mendes a fazer sucessivas reformas para economizar, nos últimos anos, e evitar o pior. E o arrocho fiscal da prefeitura tende a provocar debates calorosos.
 
Além disso, apesar do esforço do governador Pedro Taques, a capacidade do governo de Mato Grosso de fazer frente às demandas da população e do funcionalismo público, se mostraram insuficientes.
 
No bojo de tudo isso, existe o risco de as trocas de acusações dominarem o cenário, já que não são poucos os escândalos de corrupção recentes. Basta citar a prisão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), na Operação Sodoma, suspeito de concessão de incentivos fiscais ilegais; e do ex-secretário Permínio Pinto Filho, de Educação, na Operação Remora.
 
Todo o contexto atual aponta para uma disputa acirrada pela Prefeitura de Cuiabá e o desenho de um segundo turno, com acirramento entre os contendores.
 
Mauro Mendes fez cortes substanciais e fusão de secretarias e redução de cargos comissionados, desde 2014, para não perder a capacidade de investimento. A redução de despesas não foi suficiente e, se não fosse aliado de Taques, dificilmente conseguiria cumprir sua principal promessa de campanha: o novo Hospital e Pronto Socorro Municipal, em construção no Ribeirão do Lipa – região Oeste de Cuiabá, que deve ser inaugurado no segundo semestre de 2017.
 
No contexto ampliado, estarão em debate entre os candidatos a prefeito a crise econômica nacional, a situação dos servidores públicos municipais (e estaduais), a repactuação dos serviços de Saúde, segurança pública, saneamento, transporte e educação.
  
Quem tiver garrafa vazia ou – como se diz na política – com mais munição, vai ter fôlego para chegar ao final com chances de vitória.  Nas últimas quatro eleições, o eleitorado de Cuiabá viveu emoções fortes e diversificadas, em disputas de segundo turno pelo Palácio Alencastro. E tudo indica que, em outubro de 2016, não será diferente.
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