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Notícias / Cidades

Delegada pedirá quebra de sigilo para identificar ligação para tia de bebê

Patrícia Andrade e Marcos Teixeira (TV Clube) Do G1 PI

A delegada que investiga o estupro de uma bebê de 1 ano e 3 meses em Pedro II, Norte do Piauí, irá solicitar à Justiça a quebra do sigilo telefônico da tia da menina, que recebeu uma ligação de número oculto horas antes da sobrinha ser encontrada.  Conforme Camila Miranda, a pessoa informou o local onde a vítima estava.

“Queremos saber quem é e provavelmente essa pessoa pode ter outras informações”, falou a delegada.  Nesta segunda-feira (8), familiares e testemunhas prestaram depoimento na delegacia.

De acordo com a delegada Camila Miranda, pessoas que estavam bebendo em um bar próximo ao local onde o crime ocorreu também devem ser intimadas a depor.

A bebê foi encontrada em um matagal com sinais de violência sexual por volta das 7h40 do domingo (7). O local fica a uns 500 metros da casa da avó, onde dormia quando foi levada do quarto ainda na madrugada. A bebê ficou sob os cuidados da avó materna e uma tia após a mãe sair para uma festa. Por volta das 2h, a tia acordou para amamentar a filha e percebeu que a sobrinha não estava mais na cama.

Além da violência sexual, a menina foi agredida e os médicos relataram que havia hematomas na boca, próximo ao olho e no pescoço. A vítima teve que ser transferida para Teresina e foi submetida a exames que comprovaram o estupro. Além disso, foi necessária uma cirurgia para reconstrução da vagina da bebê.

"A menina foi encontrada vestida com uma camiseta e ainda não encontramos a fralda e calcinha que ela usava", falou a delegada.

Segundo a coordenadora do Serviço de Atenção a Mulheres Vítimas de Violência Sexual (Sanvis)  Sanvis, Dra. Maria Castelo Branco, durante o atendimento a equipe também constatou que o agressor tentou cometer o estupro anal.

“A vítima estava com a área genital dilacerada. Ela chegou ao hospital com um quadro muito delicado, passou por uma cirurgia de reconstrução do órgão genital, está em observação e passa bem", disse.

Conforme a delegada Camila Miranda, há a possibilidade de mais de uma pessoa ter cometido o crime e todas as informações que estão chegando serão apuradas. Um saco plástico com manchas de sangue encontrado no local foi encaminhado para a perícia.

Entenda o caso
A suspeita de que uma bebê de 1 ano e 3 meses tenha sido abusada sexualmente abalou a família e deixou a população de Pedro II em estado de choque.

Na manhã do domingo, a notícia do desaparecimento da garota se espalhou pela cidade. Foi quando populares a encontraram sem roupa e com vários hematomas pelo corpo ao lado de um terreno baldio, segundo a polícia, local frequentado por usuários de drogas.

“Havia machucados pela boca e uma lesão próximo ao olho, além disso, a vagina dela estava bastante machucada”, relatou a delegada.

“Nós trabalhamos com a hipótese de ter sido mais de um. Testemunhas falaram em alguns nomes e ao que tudo indica são pessoas que conheciam o local e sabiam que abrindo aquela janela já teria acesso ao quarto”, falou ainda a delegada Camila Miranda.

A menina permanece internada na Maternidade Dona Evangelina Rosa e não corre risco de morte.
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