No dia 18 de janeiro deste ano, Olhar Direto publicou “Picante” criticando a decisão favorável ao recurso do ex-secretário de Estado, Marcel de Cursi, solicitando impedimento da imprensa de fotografar réus da “Sodoma 1” durante audiências com a juíza Selma Rosane Arruda. Pois bem, trocam-se os advogados, mas não os vícios, e novamente atendendo pedido da defesa de Cursi (agora composta por novos profissionais do Direito, posto que Roberto Tardelli, crítico ferrenho à atuação “excessiva” da imprensa, deixou o posto), a magistrada determinou que nenhum réu da “Sodoma 2”, que se iniciou nesta terça-feira (09), poderá ser fotografado durante audiências. Olhar Direto reitera sua posição, entretanto, não mais temendo “abertura de precedência para novos pedidos ou que isso se torne um ‘vício jurídico’; ação recorrente”, como havíamos dito naquela “Picante”, mas registrando que: sim, o que temíamos virou realidade. Tornou-se ação recorrente. Repetimos em seguida o que dissemos antes - “Logo faltarão ilustrações para representar os réus quando for necessário noticiar aquilo que é notícia: o andamento de um dos maiores escândalos recentes da política local, que levou um ex-governador para a cadeia. Chamem como quiser, mas no jornalismo isso recebe o nome de 'censura'” - e neste trecho, infelizmente, nada mudou de lá para cá.