A operação Pacenas roubou a cena do começo da disputa eleitoral, nesta semana. Wilson Santos afirmou que Julier Sebastião foi imaturo em 2009 e prejudicou Cuiabá. A resposta de Julier foi dura: “Wilson só não foi preso porque tinha foro privilegiado”. Depois foi a vez de Suelme Fernandes sair em defesa do Galinho: acusou o então magistrado de orquestrar a operação com provas falsas para se projetar politicamente. Para quem não se lembra, em 2009 a PF deflagrou uma operação que visava combater fraudes em obras de saneamento custeadas com recursos do PAC na ordem de R$ 200 milhões. Na ocasião, Wilson era prefeito de Cuiabá e Julier juiz federal e autorizou escutas telefônicas que subsidiaram a operação. No fim das contas a operação acabou anulada e Cuiabá perdeu acesso aos recursos. Se faz necessário, no entanto, lembrar que além da troca de acusações, também deve passar pelo debate as conseqüências da Pacenas e o sucateamento do serviço de saneamento, que culminou na concessão dos serviços à CAB. Afinal, as polêmicas são até boas para apimentar a campanha, mas a discussão de propostas é o melhor para a cidade.