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Presidente da Itambé lamenta falta de respeito com à família de menino morto e reitera compromisso

Da Redação - Patrícia Neves

O presidente da empresa Itambé,  Alexandre Almeida,  lamentou o trágico falecimento do menino  Rhayron Christian, de 2 anos, que morreu depois de consumir um achocolatado da marca que havia sido envenenado. Por medida de segurança, antes que houvesse o esclarecimento sobre as causas da morte, a revenda de um lote do produto foi proibida em território nacional e hoje, 2 de setembro, a determinação foi suspensa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).  Rhayron veio a óbito na  data de 25 de agosto após ser internado às pressas na Policlínica do Coxipó, em Cuiabá. Posteriormente, inúmeras versões mentirosas sobre o caso ganharam "vida" por meio de mensagens de aplicativos celulares e redes sociais, boa parte delas, denegrindo a imagem da empresa.

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“Histórias fantasiosas mostraram profunda falta de respeito com a família e causaram impactos negativos a Itambé. No entanto, nada disso abalou a confiança na qualidade dos nossos produtos. Colaboramos em cada passo da investigação e fomos, acima de tudo, transparentes com à imprensa, com as autoridades e com cada um que nos procurou”, declara em vídeo. 
 
Sete dias após a morte do menino, a Polícia Civil desvendou o caso e prendeu dois dos envolvidos. O aposentado Adônis José Negri, de 61 anos, morador do bairro Parque Cuiabá, injetou pesticida no achocolatado,  pois estava cansado de ser furtado pelo usuários de drogas Deuel de Rezende Soares, 27 anos que sempre apresentava predileção pela bebida. Posteriormente, Deuel vendeu o achocolatado ao pai da criança (que desconhecendo a situação) deixou o menino ingerir o líquido contaminado.
 
Ainda em vídeo, o presidente reafirma o comprometimento da empresa com as autoridades policiais e finaliza o vídeo agradecendo a todos os colaboradores da empresa. “Após os laudos e apresentação dos culpados e queremos agradecer e aos nossos funcionários que mostraram-se leais e confiantes em seu trabalho”.
 
Vingança
 
“Revoltado com os constantes arrombamentos à sua residência, Adônis arquitetou a vingança fazendo uso de uma seringa para injetar o veneno nas bebidas, para deixar como uma espécie de isca para Deuel. Ocorre que Deuel não fez uso do produto, mas vendeu o produto ao pai do menino envenenado, pelo valor de R$ 10”. A explicação sobre a motivação do crime é do delegado titular da Delegacia Especializada na Defesa da Criança e Adolescente(Deddica), Eduardo Botelho.

Laudo 

O laudo toxicológico da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), realizado pela Diretoria Metropolitana de Laboratório Forense, deu positivo para envenenamento nas amostras de achocolatado. O exame pericial detectou a presença da substância Carbofurano nas cinco caixas de achocolatados de duas marcas diferentes.

A substância é o princípio ativo encontrado em pesticidas utilizados para controle de pragas em lavouras, e comumente aplicado como veneno de rato. A técnica utilizada pelos peritos foi a Cromatografia Gasosa e Espectrometria de Massas.

Confira o vídeo:
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