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Investigada pelo MPF, obra do Viaduto da UFMT é alvo de ironia e ganha "corrida de barcos"

Da Redação - André Garcia Santana

Alvo investigação pelo Ministério Público Federal (MPF) e de descontentamento social, o Viaduto Jornalista Clóvis Roberto (viaduto da UFMT), na Avenida Fernando Corrêa da Costa, se tornou, mais uma vez, motivo de chacota nas redes sociais. A proposta agora é uma disputa entre veículos aquáticos que ocupariam o espaço alagado decorrente das obras do viaduto, iniciadas em 2012. Para isso, a 1ª Corrida de Arcas de Noé/ Jet Ski/ Barcos de Papel convida, via Facebook, para o “Churras Subaquático das + Lindas”, marcado para o dia 18 de setembro.

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Na página evento, que já conta com a adesão de mais de 400 pessoas e milhares de convidados, a situação das obras iniciadas para a Copa do Mundo são ironizadas. “Quem quiser participar. Especialmente neste dia o VLT não passará lá para não atrapalhar nossa corrida. Já vou logo avisando. Aos pedestres, banhistas e jogadores de pokemon Go cuidado para não esbarrarem nas placas de vereadores pelo caminho. Pegue seu maiô amarelo, seu biquininho de bolinha.. Sua sunguinha rosa linda e vamos para o churrasco subaquatico babadeiro” (SIC), explica a descrição.

Os preparativos já contam com a montagem de um enorme barco de papel, deixado sob o viaduto nesta semana. “OBS: Quem não souber nadar.. Levar pfvr.. Suas boias de braço e colete/bote salva vidas.. Ou monte em uma capivara da UFMT” (SIC), diz a organização do ato, atribuída ao Movimento Rota.
No início do ano, um convênio avaliado em R$ 616.410,62 foi firmado com a Universidade Federal de Mato Grosso, para a realização de intervenções que resolvam o problema de drenagem. O valor será descontado no futuro do Consórcio VLT, atual responsável pela obra, estimada em mais de R$ 23 milhões. A previsão era de que os reparos estivessem prontos em julho deste ano.

De acordo com levantamento realizado por técnicos da UFMT, atualmente o lançamento das águas no córrego acontece por meio de dois tubos de 1.000 milímetros. Dessa forma, o escoamento não ocorre de forma eficiente, fazendo com que o vasão da água seja de apenas 5,3 metros cúbicos por segundo. Com a execução do projeto, os tubos serão substituídos por um bueiro celular com dimensões de 3 metros por 1,5 metro, aumentando a capacidade de escoamento em 30 metros cúbicos por segundo. Outra ação a ser executada é a limpeza dos bueiros existentes no local.
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