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Suspeita de integrar quadrilha de João Emanuel em golpes milionários deixa a prisão

Da Redação - Wesley Santiago

Shirlei Aparecida Matsuoka Arrabal, suspeita de integrar o esquema investigado na operação ‘Castelo de Areia’, que tem como um dos principais envolvidos o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, João Emanuel, saiu da cadeia. A magistrada Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a soltura da suspeita e proibiu que ela tenha contato com os demais acusados, com exceção do marido Walter Dias Magalhães Júnior.

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A decisão da juíza Selma Arruda estabelece que Shirlei não poderá se comunicar com as testemunhas arroladas pelo Ministério Público do Estado (MPE). Além disto, a acusada terá que comparecer em juízo mensalmente, não poderá deixar a cidade por mais de oito dias, sem comunicação à Justiça e terá de ficar em casa a partir das 20 horas.
 
O delegado da GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado), Flavio Stringueta, explicou ao Olhar Direto que “a participação da Shirlei na organização criminosa foi de menor importância. Ela participava, mas não na proporção que acreditávamos”. Além dela, foram presos: Walter Dias Magalhães Júnior (marido de Shirlei); João Emanuel Moreira Lima, ex-presidente da Câmara de Cuiabá; Evandro Goulart e Marcelo de Melo Costa (ex-candidato a deputado federal).
 
Operação
 
A Polícia Civil deflagrou, no dia 26 de agosto, a operação “Castelo de Areia”, para cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva, sete buscas e apreensão e uma condução coercitiva. Entre os alvos, está o ex-vereador e presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima. Ele foi preso na mesma manhã, na sede de um hospital particular da Capital, de acordo com a Polícia Civil.
 
“De acordo com uma das vítimas, o João Emanuel teria até traduzido a fala do falso chinês, fazendo uma verdadeira farsa. Um intérprete que não entende direito mandarim. O esquema era muito bem montado, tinham um escritório na avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA) que transmitia segurança e fazia com que as vítimas caíssem no golpe”, disse o delegado Luiz Henrique Damasceno, durante entrevista coletiva na sexta-feira.
 
As investigações apontaram que Walter Dias Magalhães Júnior seria o chefe do esquema. As ordens de prisão e buscas são da Vara do Crime Organizado e cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e Chapada dos Guimarães.
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