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Taques diz que não pode fabricar dinheiro e parcela em 7 vezes dívida de R$ 280 milhões com poderes

Da Redação - Laíse Lucatelli

O governador Pedro Taques (PSDB) assinou, na manhã desta segunda-feira (12), um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para quitar em sete parcelas a dívida de R$ 280 milhões que o Poder Executivo acumula com os outros poderes e órgãos autônomos. O acordo elabora pelo Ministério Público Estadual (MPE) prevê que cerca de metade desse valor será pago até novembro, e a outra metade será parcelada em seis vezes iguais entre janeiro e junho de 2017, num total de sete parcelas.

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“O governador pode muito, mas não pode tudo. Ele não pode fabricar dinheiro. Esse TAC demonstra maturidade dos chefes dos poderes, que estão entendendo o que estamos passando. A ficha precisa cair. Essa deve ser a oitava reunião com os presidentes de poderes em 3 meses. Diálogo tem muito. O que falta é dinheiro”, declarou Pedro Taques.

Questionado sobre o risco de não conseguir cumprir o TAC e quitar a dívida, o governador foi objetivo: “O risco [de não cumprirmos o TAC] é se não tiver dinheiro. Se tiver dinheiro, nós vamos cumprir”, afirmou. Segundo o governador, a receita aumentou 6%, mas o gasto com pessoal subiu 15% este ano.

Além do governo e do MPE, o TAC também foi assinado pelo Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Assembleia Legislativa. A dívida refere-se a parcelas do duodécimo dos meses de julho e agosto referente aos salários dos servidores dessas instituições, que não foram repassadas pelo Poder Executivo.

O procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, demonstrou otimismo e prefere não trabalhar com o cenário de o TAC não ser cumprido. “Eu não gosto de criar uma tela mental negativa. Eu quero sofrer na hora certa. Se isso acontecer, vamos ter que sentar e conversar, pois afeta todo mundo. O salário dos servidores de Mato Grosso somam R$ 700 milhões que movimentam o estado. Eu espero que não aconteça”, disse ele. 
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