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Pai de garoto que morreu após beber achocolatado envenenado não deve ser indiciado

Da Redação - Wesley Santiago

Lázaro Figueiredo dos Santos, pai do menino Rhayron Christian, que morreu após ingerir um achocolatado envenenado, não deve responder pelo crime de receptação. O delegado Eduardo Botelho, da Deddica (Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente), disse que ainda não decidiu se irá indiciá-lo, mas considera que o valor pago pelo produto foi pequeno.

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“Ainda não decidi se o pai da criança será indiciado ou não. Tendo em vista o valor do objeto que é muito pequeno, daria até para colocar na insignificância”, disse o delegado Eduardo Botelho ao Olhar Direto. Lázaro teria pago R$ 5 pelo achocolatado, que havia sido roubado de um supermercado e estava envenenado.
 
Agora, o delegado aguarda um laudo pericial em relação ao local do crime para finalizar o inquérito: “Estamos só aguardando algumas poucas coisas. Acredito que até o fim da semana, ou no máximo segunda-feira (19), teremos tudo pronto. Sendo assim, o Ministério Público Estadual (MPE) poderá denunciar os envolvidos com calma”.
 
Até o momento o delegado indiciou Adônis José Negri, 61 anos, pelos crimes de homicídio culposo qualificado por emprego de veneno, e tentativa de homicídio qualificado. “Ele alega que o veneno foi usado para matar ratos que estavam em sua residência, e nega que o objetivo era ceifar a vida de Deuel, mas ratos não abrem geladeira para pegar as coisas.”
 
As investigações, conduzidas pela Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), mostrou que Deuel de Rezende Soares, 27 anos, usuário de drogas e que constantemente subtraía produtos alimentícios de casas e estabelecimentos comerciais da região do bairro Parque Cuiabá, realizou o furto de 05 caixas de bebidas achocolatadas de duas marcas na residência de Adônis.
 
O caso
 
De acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), a bebida foi envenenada no intuito de assassinar Deuel Soares, de 27, que frequentemente roubava alimentos da casa de Adônis. O produto roubado por ele, no entanto, foi vendido ao pai de Rhayron, que em seguida ofereceu produto ao garoto, sem saber o que se passava.
 
O caso chamou atenção após o lote da bebida, da marca Itambé, ter sido interditado pela Vigilância Sanitária do Estado de Mato Grosso. Depois do anúncio da morte, que aconteceu na Policlínica da capital, a mãe, D.C.S., 28, informou que tinha comprado cinco caixas do achocolatado de um vizinho. Ela relatou que também passou mal, assim como um tio da criança.
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