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Por risco, idoso que envenenou achocolatado e causou morte de criança é transferido para o CCC

Da Redação - André Garcia Santana

Preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC) de Cuiabá, desde o dia 1º de setembro, o comerciante Adônis José Negri, de 61 anos, teve a transferência determinada para o Centro de Custódia da Capital (CCC), por correr risco de morte dentro da instituição. O idoso é apontado como autor do envenenamento que vitimou o menino Rhayron Christian da Silva Santos, de 2 anos, morto após ingerir um achocolatado da marca Itambé, no dia 25 de  agosto.

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A decisão é do juiz da 14ª Vara Criminal, Jurandir Florêncio Castilho Júnior. O documento leva em consideração o “zelo pela integridade física” do detento.

O crime foi motivado por uma vingança contra Deuel Soares, 27, que frequentemente roubava a casa de Adônis. Assim, o idoso inseriu veneno nos recipientes da bebida depois de perceber que o ladrão tinha uma predileção por ela. Após realizar o furto das caixas, no entanto, o assaltante revendeu o material para o pai criança, que ofertou a bebida à ela sem saber o que se passava.

Os laudos da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec), mostraram que ele usou uma agulha para injetar a substância Carbofurano no achocolatado consumidas por Rhayron. Além do menino, que morreu duas horas após ingerir o alimento, um amigo da família identificado como Alan José, de 31 anos, também foi internado após o consumo. O acusado aproveitou as dobraduras da caixa para que o furo não fosse percebido. 

O laudo toxicológico da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) também reveou  que o veneno tem o mesmo princípio ativo encontrado em pesticidas utilizados para controle de pragas em lavouras, e comumente aplicado como veneno de rato. De acordo com o perito responsável pelas análises, Diego Viana Andrade, para injetar a substância nas cinco caixas de bebida o idoso teria usado uma seringa, ou instrumento do tipo.  

O Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) é uma unidade prisional que abriga menos de 30 detentos, dentre eles o ex-governador Silval Barbosa, que desde 17 de setembro de 2015 está encarcerado acusado de corrupção. 
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