Imprimir

Notícias / Política MT

Procurador rebate acusação de ser candidato profissional: ‘Wilson está na vida pública há 30 anos’

Da Redação - Laíse Lucatelli

O candidato a prefeito de Cuiabá pelo PSOL, Procurador Mauro, rebateu a acusação do adversário Wilson Santos (PSDB) de que ele seria um “candidato profissional”, por se afastar do serviço público por alguns meses a cada dois anos para disputar eleições. Após o debate da TV Record (Grupo Gazeta), em entrevista coletiva, ele devolveu a alfinetada e lembrou que o tucano está há cerca de 30 anos na vida pública.

Leia mais:
Com segundo turno indefinido, candidatos "atiram" para todos os lados em debate; veja
 
“Temos nos apresentado sempre à população, no sentido de demonstrar à população uma alternativa. Esse aí é o discurso do adversário. Um adversário como Wilson Santos, um cara que está na vida pública há mais de 30 anos, querer acusar um candidato de ser candidato profissional soa até como contrassenso”, disparou o socialista.

Desde 2006, Mauro se candidata pelo PSOL a cargos variados, e até hoje não se elegeu. Em 2014, ele chegou a receber 84.208 votos para deputado federal, mais votado que alguns parlamentares eleitos, porém, devido ao quociente eleitoral, não conseguiu uma cadeira na Câmara. Desta vez, com o cenário indefinido, ele tenta garantir uma vaga no segundo turno, o que também é almejado por Wilson Santos e Emanuel Pinheiro (PMDB).

“Não me vejo como candidato profissional. Me vejo como um cidadão do povo, que tem interesse em participar da política e conclama outros cidadãos, outros servidores, outras pessoas da sociedade a participar da política. Se o cidadão de bem não vier participar da política, sobrará apenas para esses aí que deveriam estar pagando suas dívidas em outro lugar que não no Palácio Alencastro”, disparou ele.

No debate

Durante o debate da Record, Wilson questionou Mauro sobre a licença que ele tira do cargo de procurador da Fazenda Nacional durante o período eleitoral. “O senhor, nos últimos 10 anos, foi candidato seis vezes”, afirmou, tachando o adversário de “candidato profissional” e pedindo para explicar o motivo de se licenciar durante as eleições.

Procurador Mauro afirmou que o servidor público só pode ser candidato se tirar licença do cargo, por força de lei. Ele ainda aproveitou a resposta para alfinetar o tucano, lembrando da saída dele da Prefeitura em 2010, antes de chegar à metade do segundo mandato.

“Você diz que quer ser prefeito para pagar dívidas com os cuiabanos. Mas, por essa lógica, Silval deveria voltar ao governo do estado. A prefeitura não é lugar de pagar dívidas. Lugar de pagar dívida é onde o Silval está”, afirma o procurador, fazendo referência ao ex-governador que está preso sob acusações de ter praticado atos de corrupção quando administrava o Estado.
Imprimir