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Notícias / Cidades

Delegado se recusa a trabalhar nas eleições sem o pagamento de diárias

Da Redação - Wesley Santiago

O delegado Christian Cabral, da 2ª Delegacia de Polícia de Cuiabá, se recusou a trabalhar nas eleições de 2016 se o governo não pagar as diárias. O policial alega que foi convocado para trabalhar a 600 quilômetros do seu local de exercício e com a crise econômica, “infelizmente, tal como o Governo do Estado de Mato Grosso não me preparei adequadamente e estou atravessando um momento de crise financeira”.

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Em nota de esclarecimento, o delegado explicou que “em atenção ao ofício subscrito por mim que vem circulando pelas redes sociais, venho esclarecer que o mesmo trata exclusivamente de questões administrativas envolvendo minha convocação para trabalhar nas Eleições 2016 distante cerca de 600 km do local de meu exercício”.


 
Christian ainda ressalta que não há nenhum mal-estar com o governador Pedro Taques (PSDB), o qual ele considera ter muitas qualidades, como o apreço que tem pela legalidade, moralidade e sátira.
 
“Quero ressaltar, parafraseando o governador, que o meu compromisso é para com o Estado de Mato Grosso, não sou bobó cheira-cheira, não sou aventureiro, sou funcionário do Estado de Mato Grosso há 15 anos e continuarei a sê-lo por no mínimo mais 15 anos, se não acontecerem as prometidas mudanças nas regras de aposentadoria”, finaliza o delegado.

Cortes

O governador Pedro Taques (PSDB) baixou o decreto nº 675/2016 que determina a redução de gastos com custeio e pessoal para todos os órgãos da administração direta e indireta do Poder Executivo Estadual. As diretrizes incluem a suspensão de qualquer concurso público que não esteja em andamento e novos planos de cargo, carreiras e salários (PCCS), redução de gastos com diárias, viagens, licenças para qualificação, hora extra, entre vários outros itens.

Procurada, a Polícia Civil não comentou o episódio.
 
Confira a nota de esclarecimento na íntegra:
 
"Em atenção ao ofício subscrito por mim que vem circulando pelas redes sociais, venho esclarecer que o mesmo trata exclusivamente de questões administrativas envolvendo minha convocação para trabalhar nas Eleições 2016 distante cerca de 600 km do local de meu exercicio.
 
Como é do conhecimento de todos e vem sendo amplamente divulgado na mídia, atravessamos um momento de instabilidade econômica e, infelizmente, tal como o Governo do Estado de Mato Grosso não me preparei adequadamente e estou atravessando um momento de crise financeira, razão pela qual não posso abrir mão do recebimento da necessária e devida diária para realizar o demandado deslocamento a serviço do Estado.
 
Não há, pelo menos de minha parte, nenhum mal-estar com o Senhor Governador do Estado, pessoa na qual, inclusive, enxergo muitas qualidades como a forma firme e combativa com que defende seus ideais, o apreço que tem pela legalidade, pela moralidade e, principalmente, pela sátira.
 
Quero ressaltar, parafraseando o Governador, que o meu compromisso é para com o Estado de Mato Grosso, não sou bobó cheira-cheira, não sou aventureiro, sou funcionário do Estado de Mato Grosso há 15 anos e continuarei a sê-lo por no minimo mais 15 anos, se não acontecerem as prometidas mudanças nas regras de aposentadoria".
 
Delegado Christian Cabral
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