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Documentário sobre bastidores de resgate do acidente com avião da Gol em MT é liberado; assista

Da Redação - Wesley Santiago

A Força Aérea Brasileira (FAB) liberou o documentário que mostra os 44 dias de trabalho dos militares na que é considerada a maior operação de resgate da história no país. Batizado de ‘Voo 1907 – 10 anos depois’, o filme conta os bastidores da operação e como os 800 militares atuaram no local da queda do Boeing 737 da Gol, que caiu após chocar-se com um Embraer Legacy-600, no dia 29 de setembro de 2006. Ao todo, 154 pessoas morreram.
 
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O objetivo é mostrar os desafios, as dificuldades e as emoções dos militares que participaram da operação de resgate das vítimas do acidente. Com cenas inéditas e relatos emocionantes, o documentário, produzido pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), entrevistou os principais protagonistas da operação desencadeada após a tragédia. (veja no fim da matéria)

O filme tem aproximademten 40 minutos. Militares de várias organizações militares, principalmente os especializados em Busca e Salvamento, do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento - conhecido como PARA-SAR, detalham a experiência vivida em 44 dias na selva amazônica e revivem os momentos marcantes que não sairão de suas memórias.
 
“Eram seres humanos, famílias que haviam sido destruídas. Então, quando você chega ao local, supera tudo, como picada de abelha, distância da família, para devolver os corpos das vítimas aos seus familiares. A gente não deixou ninguém para trás”, destaca o Suboficial Orenil Andrade, ressaltando o fato de que todas as 154 pessoas a bordo foram encontradas e identificadas.
 
O documentário mostrará ainda a logística montada na operação, principalmente no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV). Esta base da Aeronáutica, localizada na Serra do Cachimbo, no sul do Pará, teve papel importante, pois proveu a infraestrutura necessária para a operação que durou 44 dias, empregou 52 aeronaves, consumiu 1.534 horas de voo e mais de 1 milhão de litros de combustível.
 
“Essa missão nunca vai sair da minha cabeça. Eu lembro cada dia da minha vida, eu lembro desse local, desse acidente. Marcou para sempre, mudou a minha. Trouxe para mim uma nova maneira de encarar a vida”, enfatiza o Tenente Médico Felipe Lessa que, em 2006, foi um dos primeiros a chegar ao local e passou 40 dias na mata, no trabalho de resgate das vítimas.
 
Ainda será contado como os familiares das vítimas estão superando a dor causada pelo acidente em 2006. “Hoje estou tranquila. Choro, mas é um choro de saudade. Tudo o que vocês fizeram foi muito gratificante para nós”, diz Creusa Paixão Lopes, mãe de Marcelo Paixão, a última vítima a ser encontrada pelas equipes de resgate da Força Aérea Brasileira.

Confira o documentário:

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