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Grupo sai às ruas para tirar "santinhos" de locais de votação; "são sempre os mesmos candidatos"

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

A cada dois anos é a mesma coisa: dia de eleição é "santinho" para todo lado, deixando a cidade com um aspecto de abandono. Para combater essa prática politiqueira que um grupo formado por jovens da sociedade civil lança um protesto neste domingo (02) de votação: com vassouras e sacos de lixo nas mãos, limpa as ruas e deixa uma mensagem de cidadania à população. Em frente ao colégio eleitoral do "Presidente Médici", um dos maiores de Cuiabá, Daniel Scaravelli, membro do grupo conversou com Olhar Direto.

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“Nós somos da Associação Política Jovem, somos apartidários e temos o objetivo de fomentar a participação do jovem na política. Fazemos ações de conscientização e hoje é o ‘dia da limpeza’. O objetivo é limpar os maiores colégios eleitorais, impedindo que as pessoas votem em um candidato que suja a rua”, apresentou-se Daniel.

Além de prestar um serviço que combate a poluição das ruas e das redes de esgoto, o mutirão também tem seus aspectos políticos. Ele explica. “A gente fez um estudo que mostra que 15% dos eleitores decidem seu voto na hora, quando chegam ao colégio eleitoral. A gente visa coibir isso. Esse tipo de candidato não é digno do voto do eleitor”.

Mesmo sabendo que para cada cidadão disposto a limpar as ruas haja quatro políticos dispostos a fazer o contrário, Daniel não desiste. “Claro que é impossível limparmos todos os colégios, vamos somente aos maiores, mas estamos em um grupo entre 80 e 100 pessoas. Começamos 6h30. Não é a primeira vez que fazemos isso, fazemos no primeiro e no segundo turno das eleições, desde 2010. Somos sociedade civil, sem partido, sem financiamento, trouxemos nossas sacolas e vassouras de casa”, deixa claro.

Questionado sobre o rastro de poluição deixada pela Avenida Mato Grosso neste domingo (02), o jovem avalia. “Todo ano de eleição são os mesmos candidatos (que jogam santinhos nas ruas). Não quero citar nomes, mas são sempre eles que jogam, sempre os mesmos”, queixa-se.
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