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Notícias / Cidades

Grávida e mais seis são presos por aplicar golpes de até R$ 3 mil em pacientes

Da Redação - Wesley Santiago

A ‘Operação Prontuário’, deflagrada na última quinta-feira (06), resultou na prisão de sete pessoas acusadas de aplicar golpe em parentes de pacientes internados para tratamento de saúde. Todos os envolvidos foram pegos em Rondonópolis (215 km de Cuiabá). A ação foi comandada pela Policia Civil do Pará e teve apoio da Delegacia de Roubos e Furtos do município (Derf), da Diretoria de Inteligência e da Secretaria Adjunta de Inteligência da Segurança Pública.

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Segundo a delegada, Karina Correia Figueiredo Campelo, da Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos (DPRCT), de Belém do Pará, as investigações iniciaram em junho de 2016, com registros de boletins de ocorrências de vítimas que relatavam ter recebido telefonemas de pessoas se identificando como médicos, informando sobre a necessidade de exames de urgências para parentes internados em Unidades de Tratamento Intensivos (UTI), do estado. 
 
“Foi iniciada a investigação e identificamos todos os componentes que eram de Rondonópolis e representei pela prisão temporária, preventiva e buscas”, explicou a delegada. Os suspeitos identificados são presidiários do presídio da Mata Grande. João Batista dos Santos, Roberto Pio da Silva e Elias Sousa Neto tiveram mandados cumpridos dentro da unidade.
 
Do lado de fora, os detentos contavam com apoio de Fernando César da Silva e  Júlio César Costa Brandão, presos por prisão preventiva e das mulheres Iranildes Ramos de Sousa (mãe do Elias Souza Neto) e Aldairis Ribeiro da Silva, que está grávida de seis meses (esposa do preso João Batista dos Santos). As duas mulheres estão presas temporariamente.
 
Conforme as investigações, ao menos dez vítimas caíram no golpe. A delegada Karina Correia explica que parentes de pacientes internados em UTIs no Estado do Pará efetuaram depósitos entre R$ 1,5 mil a 3 mil, depois de receberem telefonemas de falsos médicos, alegando urgência na realização de exames hospitalares.
 
“Eles ligavam como médicos nos hospitais, diziam que queriam o mapa da UTI ou dados de pacientes internados na UTI. Pegavam o contato do familiar responsável pelo paciente, se identificavam como médico e falavam todas as informações do prontuário. A família acreditava que tava falando com o médico”, disse a delegada.
 
Além disto, os golpistas deixavam as vítimas em pânico, falando que o paciente teve um agravamento e se o exame não fosse feito o mais rápido possível, podia não resistir. O delegado da Derf de Rondonópolis, Gustavo Colognesi Belão, informou que tanto as contas bancárias quando os estelionatários foram identificados que eram de Rondonópolis. “As contas bancárias, são de Rondonópolis. Essas quatro pessoas de fora da cadeia forneciam contas e auxiliam os presos na aplicação dessa fraude”, disse.
 
A delegada Karina Correia informou que os presos Fernando César da Silva e  Júlio César Costa Brandão, presos por prisão preventiva, serão levados para Belém do Pará. Todos serão indiciados por crimes de estelionatos e associação criminosa. Em Rondonópolis, a Polícia Civil deu apoio nos levantamentos e na execução da operação da Polícia Civil do Pará.
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