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Fabrício Carvalho assume Secretaria de Articulação e Relações Institucionais da UFMT e promete 'Universidade Aberta'

Da Redação - Isabela Mercuri

Abrir as portas da Universidade e aproximá-la cada vez mais da sociedade civil, do governo e das empresas são os objetivos de Fabrício Carvalho, que assume na próxima sexta-feira (14), o posto de Secretário de Articulação e Relações Institucionais (Sari) dentro da Universidade Federal de Mato Grosso, a convite da nova reitora Miriam Serra.

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Fabrício é maestro da Orquestra Sinfônica da UFMT e ficou oito anos à frente da Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev), órgão que ajudou a criar. “Já havia antes um nicho de cultura na universidade, mas com o nível de coordenação. Nós entendemos que o espaço não era suficiente e não dava condições de crescimento, por isso o grupo, junto à Maria Lúcia, decidimos criar a pró-reitoria”, explica.

Depois de tanto trabalho e reconhecimento à frente da área cultural, no entanto, o maestro entendeu que é preciso ‘dar um tempo’. “Eu precisava mesmo de uma quarentena. Isso não significa virar as costas pra cultura, de forma alguma. Continuo sendo maestro, a convite da Miriam, mas agora tenho outros objetivos dentro da Universidade”.

Segundo Fabrício, a parceria e confiança em Miriam vêm principalmente por entender que ela é uma das reitoras da UFMT que mais conhece a instituição. “A Miriam estudou aqui, se formou, participou do Centro Acadêmico, fez mestrado e doutorado, foi professora, diretora da Faculdade de Nutrição, ou seja, ela entende o que é a universidade e quais são as suas necessidades”, defende. Com essa equipe, Fabrício promete se unir à sociedade para repensar Cuiabá, que comemora 300 anos em 2019, e a própria UFMT, que comemora 50 anos em 2020.

Uma destas frentes de atuação, por exemplo, é com o programa “Mais Médicos” e com o programa de “Saúde Indígena”. “Além disso, a Universidade pode se dispor a ajudar municípios como o de Chapada dos Guimarães, fazendo estudos sobre o turismo. Nós queremos também estabelecer uma marca qualitativa em exames e concursos, ou seja, criar provas e vender a preços menores aos municípios, mas sempre com a marca e qualidade UFMT”, afirma.

Segundo o maestro – que continua à frente da Orquestra Sinfônica, à convite de Miriam Serra – o trabalho prático ainda não começou, mas não faltam ideias. “A Universidade precisa se profissionalizar. Para isso, reorganizados a Secom [Secretaria de Comunicação] e colocamos à frente a professora Janaína Pedrotti, que tem tanto a vivência em redações quanto o conhecimento acadêmico”, afirma.

Junto a isso, Fabrício explica que a ideia é fortalecer a TV e a Rádio Universidade, para aproximar cada vez mais a instituição da imprensa, e para que as pessoas saibam o que acontece lá dentro. “A gente trabalha muito. Só falta estabelecer esse contato. Logo vamos inaugurar o campus de Várzea Grande, já está com 70% concluído num local onde será o Parque Tecnológico, e a UFMT foi a primeira a chegar lá”.

Outra proposta é entregar as obras da instituição. Nesta segunda-feira (10), por exemplo, foi reaberto o Museu Rondon, acervo de arqueologia que ficou fechado por anos. Já o Hospital Julio Muller e o Centro Oficial de Treinamento (COT), que deveriam ter ficado prontos antes da Copa do Mundo, ainda não têm previsão. “Não vou ficar só falando de coisa boa. O  Hospital teria 250 leitos, traria um impacto enorme para a saúde em Cuiabá. Ele foi feito em parceria com o governo, num sistema de divisão de custos. Mas a empresa licitada rompeu o contrato, e ainda não há previsão”, lamenta.

“Já o COT, nós lutamos muito para trazê-lo pra dentro do campus. Fizemos um enorme esfoço político junto à FIFa pra provar que aqui seria um investimento público, que depois seria usado como laboratório da faculdade de Educação Física e de outras. Mas também tivemos problemas com a empresa, e como é uma obra federal, ainda está parada. (...) Infelizmente teremos este ano, em Cuiabá, os Jogos Universitários Brasileiros, e será a primeira vez que não terá atletismo, pois não tem pista”.

Enfrentando as dificuldades e com muita vontade de lutar pela instituição, Fabrício toma posse – junto à nova reitora e ao novo quadro da UFMT – na próxima sexta-feira (14), às 19h, no Teatro Universitário. “Será uma grande festa”, garante. 
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