Não surtiu o efeito esperado a denuncia feita pelo ex-procurador do Estado, Francisco Lima Filho, de que teria sido sequestrado quando chegou a Cuiabá. Segundo o próprio, na noite de 30 de setembro, foi jogado em uma “cela imunda da Delegacia de Roubos e Furtos”, sendo forçado a dormir ao lado de um cachorro que, sem misericórdia, urinou nele. Ainda, teria ouvido gargalhadas e piadas de mau gosto por parte de uma delegada cujo nome não se lembra, e que fora proibido de receber seus remédios na cela, forçando sua internação. A revelação foi trazida na tarde desta segunda-feira (10) durante interrogatório com a juíza Selma Arruda, que pouco se manifestou. Deixou apenas consignado nos autos tudo o que fora afirmado, mas não aprofundou no tema. O MPE, órgão que solicitou a prisão do réu, também nada perguntou. O que era para ser a “bomba” da audiência se tornou assunto secundário. É aquela velha expressão: deu chabu. De todo modo, a denuncia é grave e merece apuração.