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Saúde deve quitar atrasos dos repasses para Hospitais Regionais nesta semana; médicos estão greve

Da Redação - André Garcia Santana

Os atrasos salariais que chegam a cinco meses e motivam a paralisação dos médicos dos Hospitais Regionais deverão ter ser quitados pelo Estado até a sexta-feira (14), segundo o com o secretário de Estado de Saúde, João Batista Pereira da Silva. Em evento realizado nesta quinta-feira (13), para tratar sobre a construção do novo Hospital Júlio Muller, em Cuiabá, ele disse estar negociando, e que a expectativa é colocar em dia os serviços de alta complexidade, urgência e emergência nos próximos dias.

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Os pagamentos garantidos pelo secretário correspondem ao mês de agosto, uma vez que os relatórios de setembro ainda não teriam sido finalizados. De acordo com ele, mensalmente, o custo médio dos repasses aos hospitais e os médicos está entre R$ 19 milhões.  “Essa semana estaremos regularizando os serviços, pagaremos o mês de agosto e o mês de setembro que ainda não teve os relatórios finalizados. Por isso então estamos devendo o mês de agosto e procuramos saldar essa semana.”

Em greve desde a última semana, os profissionais das unidades de saúde de Alta Floresta (779 km de Cuaibá), Rondonópolis (215 km de Cuiabá), Colíder (634 km de Cuiabá) e Sorriso (395 km de Cuiabá), cobram atrasos que datam de abril, em alguns casos. Recentemente a direção das unidades informou que neste período de interrupção de serviços, eles só tem realizado atendimentos de urgência e emergência.

Ainda assim, muitos casos tem sido encaminhados ao Pronto Socorro da Capital.Diante da situação de superlotação , João Batista também falou sobre a importância de que as demandas sejam supridas localmente. “Nós esperamos conseguir colocar em dia os serviços para que a população seja atendida no interior e isso não venha a culminar em pacientes sendo deixados em Cuiabá, sob a responsabilidade da prefeitura de Cuiabá.”

Déficit na Saúde

Na segunda-feira (10), o governador Pedro Taques (PSDB) pediu apoio ao presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB), na discussão sobre usar a verba da reserva de contingência e parte dos recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) para quitar o déficit de R$ 300 milhões da saúde estadual. Ambos os casos dependem da aprovação de projetos de lei no Poder Legislativo.

A principal alternativa levanta pelo Governo do Estado é o uso dos R$ 133,690 milhões da reserva de contingência, conforme informou o Gabinete de Comunicação (GCom). Para isso, é preciso a aprovação da Mensagem nº 40, de autoria do Executivo, que autoriza a abertura de crédito adicional suplementar, no âmbito da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016. Pelo projeto, o valor que está contingenciado pode voltar para o Tesouro Estadual e ser aplicado em qualquer tipo de despesa. 
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