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Recém-nascida encontrada em caixa de papelão recebe alta; Polícia tenta localizar mãe

Da Redação - André Garcia Santana

Abandonada em uma caixa de papelão na madrugada de quinta-feira (13), a recém-nascida que foi encontrada por moradores de Campo Verde (140 km de Cuiabá), recebeu alta do hospital e foi encaminhada a um abrigo na cidade. Procurada por diversas pessoas interessadas em adotá-la, a menina, que tem menos de 20 dias de vida, passa bem. Para apurar o caso, a Polícia Civil já realizou um levantamento que aponta para o registro de 36 crianças do sexo feminino nascidas na cidade nos últimos 45 dias.

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O próximo passo, segundo o delegado Mário Santiago, é visitar as mais de 30 famílias para colher informações. Caso não seja constatada a responsabilidade no crime, dados de hospitais dos municípios vizinhos serão solicitados para dar continuidade ao trabalho dos investigadores. A última hipótese é de que o bebê tenha nascido em casa, o que dificultaria o esclarecimento da situação.

Testemunhas já foram ouvidas, mas não souberam informar como ou quando o bebê foi deixado no local, nas proximidades do Distrito Industrial. A mulher que a encontrou contou à Polícia que saia para almoçar, por volta de 11h da manhã, quando viu a caixa com a criança. Ela foi achada no Distrito Industrial vestida, porém com mau cheiro, apontando que não recebia cuidados há algum tempo, o bebê estava com os pés descalços.

Devido à falta de informações, os investigadores ainda não tem suspeitas de quem tenha abandonado a criança. Por meio da assessoria de imprensa, a Polícia afirmou que não há câmeras de segurança em estabelecimentos próximos ao ocorrido, assim também não será possível contar com o recurso da análise de imagens ao longo da investigação.

De acordo com o Conselho Tutelar, a proporção da história fez com que várias pessoas buscassem adotar a menina, que já está à disposição da Justiça, no entanto, procedimento só terá início caso a família seja localizada e se recuse a ficar com a criança. Ao Olhar Direto, o conselheiro Denival de Paula, contou que o órgão acompanhou a situação até a liberação da criança do hospital.

A partir daí, começa um processo que envolve a entrada dos interessados na fila e as análises sociais cobradas pela Justiça. “Várias pessoas procuraram querendo ficar com ela, mas não é assim. Tem um processo extenso que envolve também outros familiares além da mãe. Além disso, caso ela vá para a adoção, tem que ir pra fila e esperar toda uma burocracia da Justiça, que vai avaliar se a pessoa tem condições de adotar.”

Ele explica que, neste caso, o papel do Conselho Tutelar era acompanhar a menina até sua liberação do hospital. Segundo Denival, embora os profissionais não tenham acessado o prontuário da criança, ela apresenta tamanho e peso normais para um recém nascido. Ela foi achada com pequenos hematomas e picadas de inseto pelo corpo.  
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