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Na sede da PF, Dal'Bosco diz ter provas de que não está envolvido em esquema investigado

Da Redação - André Garcia Santana

Alvo da operação Theatrum, da Polícia Federal, o deputado estadual Dilmar Dal'Bosco (DEM), esteve na sede da instituição, em Cuiabá, na manhã desta terça-feira (18) para prestar depoimento e afirmou ter provas de que não está envolvido na compra de fiscalização em terras destinadas a Reforma Agrária. O esquema de corrupção envolveria servidores públicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), fazendeiros e políticos do estado de Mato Grosso.

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“Já provei, tem documento do próprio Incra dizendo que não tenho nenhuma terra lá. Estou vindo aqui falar a mesma coisa. Fui em uma audiência pública com o senador Medeiros. Quase todos os assentamentos do estado me procuram na ALMT por conta de eu ser deputado. Nunca ouvi falar deste assunto”, disse ao chegar na sede da Polícia Federal.

A assessoria de imprensa do parlamentar confirmou que o gabinete dele foi alvo de buscas nesta manhã, no entanto, ele não estava na sala no momento em que os investigadores chegaram. Por esse motivo o chefe de gabinete acompanhou os agentes até a sede do órgão, de onde documentos foram levados. O delegado da Polícia Federal, Carlos Augusto Schwengber, é o responsável pelo inquérito.

Intimado a prestar depoimento, o deputado afirmou ainda que irá prestar os mesmos esclarecimentos às autoridades, a fim de esclarecer a situação.“O nome da gente ventila por nada, anonimamente e você tem de se defender e esclarecer as coisas. É fácil jogar pedra em uma vidraça, mas precisamos falar a verdade. Vou prestar apenas os mesmos esclarecimentos aqui.”

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, estão sendo cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e 17 mandados de condução coercitiva em Cuiabá (MT), Sinop (MT), Diamantino (MT) Itanhangá (MT), Ipiranga do Norte (MT), Planaltina (DF), Guaíra (PR) e Belo Horizonte (MG). Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, onde tramita o inquérito, em virtude de três investigados possuírem foro por prerrogativa de função.

As investigações apontaram que no dia 15 de setembro deste ano, políticos do estado de Mato Grosso, fazendeiros de Itanhangá e representantes dos assentados – muitos deles investigados e já indiciados na Operação Terra Prometida – realizaram uma reunião com o Incra em Brasília (DF) com o objetivo de desencadear uma supervisão ocupacional no Projeto de Assentamento Tapurah/Itanhangá, bem como, de substituir o servidor que estava previamente indicado para a coordenação dos trabalhos.
 
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