Imprimir

Notícias / Economia

Bolsa abre em baixa, com aumento da aversão ao risco

AE

O mês de março começa com aumento da aversão ao risco, refletindo, mais uma vez, a aflição dos investidores com a liquidez do setor financeiro. No primeiro dia útil deste mês, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa, em sintonia com o sinal apresentado pelos índices futuros em Nova York e pelos mercados na Europa. Por volta das 11h10 (de Brasília), o índice Bovespa caía 1,83%, a 37.484 pontos, na mínima do dia até o momento.

Em Wall Street, a expectativa é de que índice Dow Jones deve cair hoje abaixo dos 7 mil pontos pela primeira vez desde 1997 no pregão desta segunda-feira. Para isso, o Dow teria ceder 0,89%. Na última sexta-feira (dia 27), o índice fechou em baixa de 1,66%. Na Europa, a preocupação com o setor financeiro provoca queda das principais bolsas da região. No horário citado acima, o índice futuro do Nasdaq 100 recuava 1,61% e o futuro do S&P 500 tinha baixa de 2,21%; a Bolsa de Londres caía 3,8% e a de Frankfurt cedia 2,26%.


Hoje, a seguradora norte-americana American Internacional Group (AIG) anunciou um megaprejuízo de US$ 61,66 bilhões no quarto trimestre do ano passado, um recorde na história corporativa dos Estados Unidos. Diante do risco sistêmico que a seguradora oferece, o Tesouro norte-americano anunciou um novo plano de ajuda à AIG no valor de até US$ 30 bilhões. Na Europa, o HSBC informou que pretende cortar 6,1 mil empregos e fechar as unidades de empréstimo ao consumidor nos EUA, após as perdas relacionadas a produtos de hipotecas de segunda linha (subprime) afetar seu lucro. No ano passado, o lucro do HSBC caiu para US$ 5,73 bilhões, de US$ 19,13 bilhões no ano anterior.


Os dados de renda e gastos com consumo pessoal nos Estados Unidos melhor do que o estimado pelos analistas contribuiu para que os mercados acionários no exterior reduzissem um pouco as perdas. A renda pessoal nos EUA subiu 0,4% em janeiro, após declínio não revisado de 0,2% em dezembro. Os gastos com consumo, por sua vez, cresceram 0,6% em janeiro, ante queda não revisada de 1% em dezembro.


Em meio à preocupação com o setor financeiro, o mercado deixou de lado o dado de atividade do setor manufatureiro chinês, que subiu de 42,2, em janeiro, para 45,1, em fevereiro, dando sinais de melhora pelo terceiro mês consecutivo.
Imprimir