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Wilson Santos e Emanuel Pinheiro travam debate tenso e de ânimos exaltados em rádio

Da Redação - Jardel P. Arruda

Os candidatos Emanuel Pinheiro (PMDB) e Wilson Santos (PSDB) travaram um debate tenso, na manhã deste sábado (22), na rádio Centro América FM, cheio de provocações nas trocas de perguntas. Apesar do apelo da direção do evento para os dois concorrentes pela Prefeitura de Cuiabá focassem nas propostas, ambos partiram para questões sobre assuntos alheios à administração do município e também se desentenderam quando as perguntas eram objetivamente sobre propostas.

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Logo na abertura das duas horas de enfrentamento, iniciadas às 7h, Emanuel Pinheiro tentou colocar Wilson Santos em uma situação delicada ao citar o demissão de Elias Santos da presidência da Metamat. Elias é irmão de Wilson e foi gravado por um servidor fazendo ameaças de exoneração ao funcionário comissionado que não participasse de um evento de apoio ao candidato tucano.

“O meu irmão errou ao ter essa postura. E o governador Pedro Taques acertou. Ninguém pode estar acima da lei. Mas, deputado Emanuel, em 2010 eu disputei eleição contra o Silval, de quem o senhor é aliado e está no mesmo partido, e houve o caso da Empaer, quando ele usou o e-mail funcional para convocar todos os servidores e até pagou diárias com dinheiro público e o senhor ficou calado, não se indignou”, rebateu Wilson.

Depois disso, o candidato tucano fez perguntas específicas a Emanuel Pinheiro, como solicitar as principais características da educação municipal e itens da Lei de Responsabilidade Fiscal, os quais não foram respondidos com objetividade pelo peemedebista. Wilson então aproveitou dos rodeios do adversário para dizer que ele não tem conhecimento suficiente de administração pública e nem de Cuiabá. Contudo, Emanuel também contrapôs.

“Deputado Wilson Santos não perde a arrogância e a prepotência. Calce as sandálias da humildade. O senhor não tem todas as soluções. Você já esteve lá e não fez. (...) Esse tipo de decoreba, típico de professor de cursinho, típico de professor de ‘estória’, não funciona mais. Você teve que ler para encontrar o último item da própria resposta”, asseverou Pinheiro.

Ambos chegaram a se desentender em uma pergunta vinda de um ouvinte da rádio para Emanuel e depois replicada por Wilson Santos,  sobre o custo de uma cesta básica em Cuiabá. O candidato do PMDB afirmou que não era necessário dizer precisamente se custava R$ 80 ou R$ 150, mas sim ser um prefeito aberto e próximo da população. Wilson refez a pergunta para tentar mostrar o desconhecimento de Emanuel e, durante a réplica, afirmou que o preço é de R$ 418, segundo o Dieese. Entretanto, o órgão aponta que o preço da cesta básica em Cuiabá não esteve esse valor em nenhum mês de 2016 e no mês de setembro custava R$ 453,65.

As trocas de farpas continuaram por todo debate. Cada um obteve um direito de resposta – primeiro Wilson, após Emanuel atribuir a ele a perda dos recursos para saneamento oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) devido à Operação Pacenas, depois Emanuel, após Wilson afirmar que servir-se do povo com o Fundo de Assistência Parlamentar (FAP) era uma definição de traição – e depois a direção do debate afirmou que cada candidato teria de usar o próprio tempo para se defender.
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