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Hospital Júlio Muller nega abandono de jovem com doença rara e esclarece situação

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

O Hospital Universitário Júlio Muller conversou com Olhar Direto nesta quarta-feira (26) e esclareceu pontos relativos ao caso da jovem Viviane Almeida França Silva, que sofre de epidermólise bolhosa e precisa de ajuda financeira. O hospital afirma que mantém regularidade no tratamento da paciente e que jamais negou cuidados.

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O caso foi noticiado nesta segunda-feira (24). Viviane Almeida é mato-grossense, de origem humilde, pai pequeno agricultor e mãe já falecida, sofre de uma doença genética não contagiosa: a epidermoliose bolhosa. Ela atinge crianças, jovens e idosos e é caracterizada pela fragilidade da pele e da mucosa, por conta de uma alteração na síntese de proteínas que unem as camadas do órgão. Como consequência, qualquer atrito gerado por, por exemplo, uma troca de roupas ou ao deitar-se na cama, pode gerar dolorosas bolhas, que podem se romper, tornando-se feridas abertas. O que causa enorme sofrimento à garota, que tem 15 anos e apenas 23 kg.

Para melhor cuidar da saúde da jovem, o médico Alessandro Guedes, dermatologista pela Universidade de Brasília (UnB) ofereceu tratamento grátis. Ela deverá partir para a capital federal acompanhada de uma enfermeira particular já na próxima semana. Segundo informações obtidas em entrevista por Olhar Direto, o Júlio Muller teria oferecido apenas uma pomada Dersany para as feridas e um Tylenol para suportar as dores em casa, sem tratamento.

Veja a íntegra

"A adolescente citada na matéria é paciente do Hospital Universitário Júlio Müller desde 17 de dezembro de 2001, quando tinha 2 meses de idade e foi diagnosticada com Epidermólise Bolhosa. A família foi orientada que essa é uma doença grave de origem genética e que não tem cura, necessitando de cuidados paliativos diários por toda a vida. Não se trata de uma doença terminal. 

No prontuário médico da adolescente constam todos os procedimentos ambulatoriais e de internação realizados pelo Hospital nos últimos 15 anos. A próxima consulta estava agendada para o dia 03 de novembro de 2016. No entanto, sentindo a necessidade, a irmã da adolescente, Fátima Almeida França Silva, decidiu buscar orientações no HUJM após receber a notícia de que teria sido marcado um tratamento para a irmã em Brasília. Ao procurar o hospital nesta terça-feira (25/10/2016), a adolescente passou por uma avaliação física e a equipe médica decidiu interná-la para a melhora do seu estado nutricional.

Em janeiro deste ano, a adolescente também chegou a ser internada no hospital porque estava com lesões infectadas e sinais de desnutrição. Após receber a terapêutica (medicação) adequada para o caso, a alta foi autorizada com a continuidade do tratamento ambulatorial de dermatologia. Ele saiu da internação no dia 17 de fevereiro de 2016 com uma consulta de retorno marcada para o dia 17 de março de 2016. Após essa internação, a adolescente realizou outras consultas no decorrer do ano nesse serviço do HU, sendo que elas foram espaçadas devido ao pedido da família por causa da dificuldade de transporte entre Chapada dos Guimaraes e o hospital.

Hoje, a adolescente tem encaminhamento para outras especialidades do HU: odontologia e psicologia. Para garantir que a adolescente volte a receber o auxílio-doença, a equipe médica do hospital orientou a família e entregou a documentação necessária para a comprovação do quadro de doença crônica.

“O HUJM tem como um de seus compromissos com a sociedade, a humanização do atendimento e o bom acolhimento dos pacientes. O atendimento em particular dessa paciente segue todos esses preceitos e nunca recebemos qualquer queixa de seus familiares pelo contrário, a família tem se mostrado satisfeita e agradecida com os esforços que a equipe de nosso hospital tem feito para aliviar o sofrimento da jovem”, esclarece o superintendente do Hospital Universitário Júlio Müller, Prof. Dr. Francisco Souto".
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