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Assembleia geral decidirá greve de estudantes da UFMT; alunos tem aulas abertas e atividades culturais

Da Redação - André Garcia Santana

O Instituto de Educação (I.E), que abriga os cursos de Psicologia e Pedagoga da Universidade Federal de Mato Grosso (UMFT), tem recebido os alunos com programações e debates paralelos ao comumente proposto nas aulas, interrompidas na quinta-feira,17. Em protesto contrário a aprovação do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) – 241, os estudantes contaram com o apoio de professores para criar uma programação diversificada ao longo da mobilização. Hoje, 23, uma assembleia geral, aberta a todos os estudantes da instituição, será realizada às 17h para que seja debatida a deflagração de greve geral dos alunos.

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Pelas paredes do I.E, cartazes reforçam as exigências dos alunos, que também lutam para que a reforma do ensino médio, proposta pela PEC 55, não seja implantada nas escolas, que deixariam de contar com disciplinas como Educação Física e Artes. De acordo com representantes dos Centros Acadêmicos (C. As) dos dois cursos, os estudantes também pedem por auditoria cidadã da dívida pública e afirmam que a população não deve pagar pela conta de políticos corruptos e banqueiros.

“O movimento tem o apoio de professores e Coordenação do Instituto, que entendem os sérios riscos que a universidade pública corre com a proposta do teto de gasto. A mobilização é apartidária e tem integrantes de vários movimentos sociais e coletivos, que tem realizado aulas públicas e atividades culturais discutindo temas transversais como escola sem partido, lei da mordaça”, explica o trecho de uma publicação elaborada pelos manifestantes, que preferem não se identificar.

“A área da psicologia será uma das mais prejudicadas porque será alvos de cortes tanto da Saúde quanto da Educação. Com a reforma os profissionais da Pedagogia, que já não enfrentam uma situação boa, terão que competir com pessoas que apresentem notório saber, mesmo depois de terem passado quatro anos na universidade”, afirma um dos manifestantes.



Durante o período o prédio tem sido realizadas aulas públicas e atividades culturais discutindo temas transversais como lei da mordaça, direitos constitucionais de greve e ocupação e protagonismo dos estudantes. No primeiro horário de hoje houve uma aula sobre escola sem partido e ideologia de gênero, ministrada por uma professora de Psicologia. Na parte da tarde haverá a Oficina de Teatro do Oprimido e uma ciranda infantil.

Ainda nesta manhã, no Instituto de Linguagens e Faculdade de Comunicação e Artes (ILFCA), os universitários se reuniram com professores e coordenadores para discutir o assunto. Junto aos estudantes de Letras e Música eles decidirão em assembleia realizada às 19h pela ocupação do bloco. Outros prédios, como o Instituto de Ciências Humanas e Sociais já optaram pela mobilização, e devem ser ocupados a partir de quarta-feira (22). 
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