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Notícias / Cidades

Aluno da UFMT é acusado de racismo e quase é agredido em assembleia

Da Redação - Wesley Santiago

Um aluno da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) por pouco não foi agredido após uma discussão acalorada durante a assembleia realizada na noite da última quarta-feira (23), feita com o objetivo de decidir se os estudantes iriam deflagrar greve estudantil. Por fim, a maioria votou contra. A Polícia Militar chegou a ser acionada para conter os ânimos.

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Conforme as informações de estudantes, uma das pessoas denunciou que teria sido vítima de racismo, mas não apontou o culpado. O homem, que seria o presidente da mesa, alegou ter sido chamado de “macaco”, mas não soube dizer quem o teria ofendido. Foi então que um dos estudantes reagiu e perguntou “por que na assembleia passada falaram do branco e ninguém falou nada?”.
 
Um vídeo mostra que a discussão acalorada continuou até que gritos de “racistas” começaram ser proferidos. O estudante que por pouco não foi agredido teve de ser levado até a parte de cima do ginásio. A turma do ‘deixa disso’ chegou até o local e conseguiu amenizar a situação. A Polícia Militar foi acionada e também conteve os ânimos.
 
Em seu Facebook, o estudante José Victor Zamparini, que foi acusado de racismo e quase foi agredido, disse que em outro momento foi vítima de injúria racial. Ainda disse ter ido até o presidente da mesa para questionar porque ele não o defendeu na assembleia passada quando um aluno cometeu injúria racial contra ele.
 
"Ao ouvir essa minha indagação ao líder do DCE, inúmeros estudantes que estavam ao meu redor começaram a me tratar com hostilidade. Tentei dialogar, e explicar o motivo da minha indignação, contudo, não queriam ouvir, e os primeiros gritos de "fora racista" iniciaram", disse o estudante.
 
Por fim, o estudante diz que teve de sair escoltado do lugar: “Alguns outros alunos que estavam ao meu redor desde o início se indignaram, pois sabiam que nenhum ato de racismo havia ocorrido, e partiram em minha defesa. Neste momento, foi quando o ‘clima esquentou’. Então, eles decidiram fazer uma proteção ao meu redor e me escoltaram, junto com seguranças, até meu carro”.
 
Por fim, após sete horas de assembleia, os estudantes decidiram contra a greve. Foram 733 contra e 527 favoráveis. 

Corrigida e atualizada às 16h35.
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