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Polícia Federal deflagra operação contra lavagem de dinheiro e contrabando em MT, MS e GO

Da Redação - Jardel P. Arruda

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (29) a Operação Ixatb, para desbaratar uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro e contrabando de cigarro que atuava em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Cerca de 175 agentes foram mobilizados para cumprir 12 mandados de prisão preventiva, 46 de busca e apreensão e 15 de condução coercitiva.

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De acordo com informações oficiais da Polícia Federal, a organização criminosa possui uma estrutura ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas. Entre novembro de 2015 e novembro de 2016 eles movimentaram em torno de R$ 20 milhões em cigarros contrabandeados.

O grupo agia de maneira organizada: parte dos integrantes adquiria cigarros no Paraguai para abastecimento dos grandes fornecedores. Estes, por sua vez, abasteciam outros fornecedores em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. As investigações apontam que um dos investigados teria movimentado mais de R$ 1 milhão em depósitos bancários em um período de apenas três meses.

O esquema ainda contava com motoristas e ‘batedores’ que realizavam as viagens ao Paraguai para aquisição de cigarros a serviço dos grandes compradores. A organização também mantinha um imóvel que servia de base operacional no Distrito de Vila Vargas, município de Dourados (MS), local onde os investigados passavam a noite para seguirem viagem no dia seguinte.

As investigações começaram em 2015, a partir da prisão em flagrante de duas pessoas pela prática do crime de contrabando de cigarros. Surpreendidos transportando 36 caixas de cigarros contrabandeados do Paraguai, a dupla ainda possui anotações financeiras que revelaram uma movimentação do grupo em torno de R$ 1 milhão naquele ano.

Os agentes cumprem ainda 28 cautelares pessoais diversas da prisão, como: proibição de efetuar qualquer viagem para o Paraguai ou para a cidade de Ponta Porã (MS); obrigação de, para viagens superiores a sete dias, requerer previamente autorização do juízo; obrigação de comparecerem em juízo ou perante à autoridade policial para os atos do processo ou inquérito sempre que para tanto intimados; advertência de que poderá ser decretada a prisão preventiva caso descumprida qualquer das condições mencionadas.

Segundo a Polícia Federal, o nome da operação é uma alusão à deusa maia Ixtab, guardiã dos suicidas. Uma analogia ao fato de que os fumantes estariam cometendo uma forma lenta de suicídio ao consumirem os cigarros importados ilegalmente do Paraguai.
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