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Notícias / Cidades

Homem é preso após oferecer dinheiro para delegado soltar o filho

Da Redação - Wesley Santiago

Hélio Luiz Borsatti, 49 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Judiciária Civil, na quinta-feira (01), em Guarantã do Norte (715 km de Cuiabá). O homem ofereceu dinheiro ao delegado para que liberasse o seu filho, preso por tráfico de drogas. O delegado Hércules Batista Gonçalves deu voz de prisão ao acusado. Posteriormente, ele ainda ficou rindo sozinho dentro da cela, supostamente acreditando na impunidade, conforme o delegado.

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No dia 30 de novembro, uma ação da Delegacia de Guarantã do Norte levou a prisão de criminosos envolvidos com o tráfico de drogas no município, entre eles Andreone Odair Borsatti, filho de Hélio. Na quinta-feira (01), o suspeito compareceu a delegacia, dizendo que gostaria de falar com o delegado para saber sobre a situação do seu filho.
 
A assessoria de imprensa informou que o delegado então explicou que a prisão em flagrante já havia sido comunicada ao juiz, que seria a autoridade responsável pela manutenção ou não da prisão. Diante do exposto, o pai pediu para conversar com o filho, na cela, o que foi autorizado pela autoridade policial.
 
Após conversar com o filho, o acusado pediu para novamente conversar com o delegado, momento em que perguntou novamente se não teria como liberar o seu filho. Diante da mesma explicação e negativa do delegado, Hélio aproximou da autoridade e iniciou as propostas como “Quanto o senhor quer para liberar o meu filho? Quanto em dinheiro? Posso pagar em dinheiro”, enquanto fazia gestos com as mãos indicando valores.
 
Foi então que o delegado deu voz de prisão ao suspeito, que tentou resistir, mas acabou detido pela equipe de investigadores. Na cela, Hélio tentou contornar a situação, argumentando que havia oferecido dinheiro para cobrir as despesas que delegacia teve com a prisão do seu filho, como alimentação e combustível.
 
Segundo o delegado, Hércules Batista Gonçalves, posteriormente, Hélio ficou rindo sozinho dentro da cela, supostamente acreditando na impunidade. “São atitudes como as do autuado que contribuem para a situação atual do país. Não há mais tolerância e espaço para pessoas que pensam poder comprar a dignidade e a consciência dos agentes estatais com dinheiro”, frisou o delegado. 
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