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Notícias / Economia

Presidente argentina diz que 2009 pode ser o pior ano em um século

G1

A presidente argentina, Cristina Kirchner, admitiu neste domingo (1º) que, caso a crise internacional se prolongue, vai atingir o país com dureza e pode transformar 2009 no "ano mais difícil dos últimos 100 anos".



Cristina, que há poucos meses dizia que a Argentina estava a salvo do impacto da crise, admitiu que o país não está isento de riscos. "É necessário reunir esforços porque, se essa crise se prolongar, como tudo indica, o impacto vai ser forte e transformará 2009 no ano mais difícil dos últimos 100 anos", disse.



Por isso, ela diz que é necessário que o país mantenha sua "unidade" nos esforços contra a turbulência financeira. "Devemos nos atrever a formular um pensamento alternativo ao da incerteza. É uma crise de ideias, (...) que fez da especulação e da subordinação um modelo de exercício do poder", afirmou.



Pontos positivos

No entanto, Cristina destacou em seu discurso a boa situação na qual se encontra o país para enfrentar esta crise internacional, após seis anos de crescimento econômico sustentado, com uma redução do desemprego e um aumento da redistribuição de renda.



A presidente disse que o sistema financeiro local duplicou seu capital nos últimos cinco anos e destacou a redução nos níveis de endividamento do Estado e dos cidadãos. Também ressaltou a queda do desemprego para 7,3% e o recorde de US$ 70,124 bilhões de exportações em 2008.



Cristina também se referiu a alguns dos temas que preocupam o país, como a crise com os agricultores. No entanto, ao contrário do esperado, não lançou novas propostas nem concretizou as estratégias de seu governo para o novo curso político.
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