Conhecido em todo país por seu quadro de obesidade, o cão Bolinha, que deixou a reabilitação há pouco mais de um ano, voltou ao seu peso antigo e necessita novamente de cuidados especiais. Por falta de condições financeiras, ele foi retirado da escola de adestramento, onde fazia exercícios físicos, e tem deixado de consumir a ração especial, chegando a ultrapassar os 30 kg. Quem relata o caso é a protetora Michelle Scopel, Ong OpaMT, que abriga, além do cãozinho, outros 30 animais em sua casa.
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O caso ganhou repercussão em junho deste ano, quando o cachorro esteve com a atual dona no programa Encontro, com Fátima Bernardes, época em que a balança registrava 26kg, 10 a mais do que os 16 alcançados na recuperação. Na atração global também foi mostrado que a organização realizou o resgate de Bolinha em uma lanchonete na rodovia BR – 364, onde era alimentado com restos de salgados e comida, além de beber água suja e vivem em meio a entulhos de lixo.
De acordo com Michele, devido aos cuidados que os outros animais demandam, fica impossível conseguir fornecer o alimento apropriado a ele, uma vez que a ração para cães obesos é cara, assim como a escola de adestramento, que custa R$ 500 por mês.“Não dá pra saber qual é o estado clínico dele porque estou sem condições de levá-lo ao veterinário, mas suspeitamos que ele esteja com algum problema hormonal, já que a quantidade de comida fornecida é a mesma dos outros bichos.”
Ela explica ainda que Bolinha vem se mostrando ofegante ao realizar atividades corriqueiras e que não é possível regular individualmente o quanto cada bicho vai comer. “Se fosse um ou dois, tudo bem. Daria pra colocar a comida e depois recolher. Mas se eu fizer isso com 30, muitos vão ficar sem comer, porque eles não comem ao mesmo tempo. Além do mais, não posso tirar do orçamento destinado a 70 animais da Opa pra cuidar só dele.”
Bolinha morou um tempo na casa de uma vizinha da protetora, mas a permanência dele no local teve que ser interrompida por falta de estrutura. Ele também foi colocado para adoção, mas ninguém quis abrigá-lo. Michelle diz que não tem problemas em ficar com o animal, já que gosta muito dele, mas reconhece que a casa não é o lugar mais apropriado. “Tenho medo de tirar ele daqui e ele ficar depressivo. Ele já se mostrou assim longe de casa porque está acostumado a ficar aqui.”
Agora ela pede ajuda para o vira-lata passe por exames que apontem a existência de algum problema hormonal. Além disso, os interessados podem contribuir com doações em dinheiro, com o custeio das consultas, dos exames, da ração ou de exercícios como os da esteira, que serão recomendados neste caso. Para ajudar basta entrar em contato por meio da Página OpaMT.