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Chico 2000 afirma que delegado "deve ter tirado informações do além" em investigação sobre casos de estupro de menores

Da Redação - André Garcia Santana/ Wesley Santiago

Investigado por abusar sexualmente de sua enteada, de 11 anos, o vereador Chico 2000 alega que o delegado responsável pela apuração do caso, Eduardo Botelho,“deve ter buscado informações no além” para respaldar novas acusações contra ele. O parlamentar foi preso temporariamente no dia 6 de dezembro a pedido do titular da Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente (Dedicca), sob a justificativa de que ele poderia coagir testemunhas e outras possíveis vítimas.

Na diplomação dos vencedores das eleições municipais, na quinta-feira (15), ele afirmou que desconhece motivos para as suspeitas.“Pergunte a ele [delegado], que é quem deve responder estas questões para a sociedade. Eu não posso responder sobre algo que eu não conheço. Ele talvez tenha buscado no além, alguém para respaldar estas acusações.”

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Com relação à possibilidade de cassação, que será discutida apenas em 2017, Chico 2000 ressaltou sua inocência e se mostrou confiante com as investigações “Não vou nem entrar neste mérito, porque a cassação tem que ser imposta ao culpado. Eu não sou culpado, não tenho culpa de nada. A investigação está ai para isto. A decisão pela prisão por um tempo determinado foi para que ele avançasse no inquérito. O povo me conhece, vocês me conhecem”.

O vereador foi solto horas antes do evento por decisão liminar do desembargador Pedro Sakamoto, do Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). De acordo com seu advogado, Francisco Faiad, a defesa alegou que o parlamentar não oferecia riscos às investigações, uma vez que já havia pedido, inclusive, licença da Câmara Municipal. Na última segunda-feira (12), um pedido de liberdade feito pela defesa foi negado pelo juiz Jurandir Florêncio de Castilho Júnior, da 14ª Vara Criminal de Cuiabá. 
 
O caso

O vereador eleito em Cuiabá, Francisco Carlos Amorim Silveira, mais conhecido como Chico 2000, é acusado de abusar sexualmente de uma menor de 11 anos. A acusação é feita por uma tia paterna da menor, segundo informações do boletim de ocorrências nº 2016.380704.

Segundo consta do boletim de ocorrência (BO), o vereador eleito Chico 2000 é padrasto da menina. O abuso sexual teria ocorrido no dia 13 de outubro deste ano durante uma festa de comemoração do aniversário da mãe da menor. A vítima teria pedido para ir embora, uma vez que já estava tarde, porém foi levada para um quarto pela mãe onde conversaram.

Ainda de acordo com o registro no boletim de ocorrências, a mãe teria pedido para o namorado, o vereador, para que ele conversasse com a filha, uma vez que a achava triste e para convencer a menina para ficar na festa.

Conforme relatado pela tia da menina, o vereador teria pedido para a criança sentar em seu colo para conversar, entretanto, enquanto conversavam, o mesmo teria começado a passar a mão na vítima. A tia ainda relatou aos policiais que a sua sobrinha diante a situação saiu do colo do vereador e foi para outro quarto, sendo seguida por ele, onde teve novamente de sentar em seu colo e o mesmo voltou a passar a mão descendo até seus órgãos genitais.
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