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Notícias / Cidades

Amigos e familiares cobram transparência em investigação de morte de aluno soldado

Da Redação - Patrícia Neves/ Da Reportagem Local - André Garcia Santana

Amigos e familiares do aluno soldado do Corpo de Bombeiros Rodrigo Claro, de 21 anos, protestaram na tarde de quarta-feira (21) para chamar a atenção para os excessos cometidos durante os treinamentos de formação de alunos militares. Munidos com faixas e cartazes, os manifestantes se concentraram nas imediações das praças Maria Taquara e Ipiranga. 

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Rodrigo Claro morreu na data de 17 de novembro, depois de sentir-se mal durante um treinamento em uma lagoa comandado pela  tenente Isadora Ledur. Ele chegou a procurar ajuda médica em um policlínica, posteriormente, foi internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas morreu. 

Revoltada, a mãe do jovem disse desacreditar os processos de investigação instaurados considerando que os órgãos responsáveis estão ligados ao Estado e cobra transparência na investigação. "Não posso confiar na apuração do Estado porque tanto a Politec, IML e Corpo de Bombeiros pertencem a uma mesma estrutura", pondera Jane Patrícia. 

Para Jane, os excessos cometidos, devem ser traduzidos em tortura considerando que o jovem pediu "pelo amor de Deus" para que os exageros acabassem. Aos familiares, o jovem também chegou a encaminhar mensagens onde relatou o temor do curso prático de formação. 

Cobrou ainda um posicionamento do Comando do Corpo de Bombeiros que deveria ter sido mais diligente ao realizar um treinamento sem uma estrutura adequada. "Se a ambulância estivesse no local ele, talvez, tivesse uma chance e estivesse aqui comemorando essa data {Natal}", desabafou.

O Laudo

No último dia 14, o laudo do Instituo Médico Legal (IML) apontou a a causa da morte do aluno soldado como um Acidente Vascular Cerebral (AVC), conforme o secretário de Segurança Rogers Jarbas. O documento nega a existência de doenças anteriores ao óbito, não sendo capaz de identificar como causa da morte qualquer conduta externa.

Investigação 

Mediante a investigação instaurado pelo Corpo de Bombeiros, a tenente Isadora Ledur, que já respondeu a um processo administrativo relativo a denúncias da mesma natureza. Além dela, outros quatro militares envolvidos no exercício foram afastados de suas atividades e cumprem atualmente funções administrativas.

Segurança Pública 

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT) informou que somente irá se posicionar sobre o caso após a conclusão dos inquéritos instaurados pela Delegacia de Homicídios e Proteção  à Pessoa (DHPP) e pela Corregedoria do Corpo de Bombeiros.
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