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Quase 60 mil alunos voltam as aulas com escolas em reforma; 96 das 161 unidades apresenta estado crítico

Da Redação - André Garcia Santana

Mesmo com mais da metade das escolas em situação considerada crítica, os 58 mil alunos da rede municipal de ensino voltaram às aulas na segunda-feira (6), na Capital.  Um levantamento da prefeitura detectou a situação em 96 das 161 unidades educacionais de Cuiabá, sendo que 36 delas necessitam de reparos urgentes e outras 17 estão em estado gravíssimo.

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É o caso da Escola Municipal Elza Luíza Esteves, no bairro Canjica, onde parte dos alunos foi encaminhada a um anexo pré-moldado, distribuído em três salas de 25 crianças. A instituição atende quase 500 alunos do 4º ao 9º ano e passa por reparos emergenciais nos banheiros, cozinha e salas de aula. Os cômodos apresentam, segundo a diretora Antônia Corsina, diversas falhas estruturais como goteiras e infiltrações.

Além disso, há rachaduras nas paredes e nos pisos, telhado, forro e fiação elétrica danificados, além do muro que está desabando. Antonia explica que as reformas tiveram início na semana passada e devem se estender até sexta-feira (10). “Enquanto isso as aulas seguem normalmente e vamos revezando os alunos entre as salas provisórias, que comportam 75 alunos, e as outras. Foi decretada prioridade I pra reforma, essa parte foi feita, o que falta agora é só a execução.”

Outro caso problemático é o da EMEB Irmã Maria Betty, no bairro Novo Mato Grosso, que já está interditada parcialmente com tapumes devido a um incêndio ocorrido há dois anos. De acordo com a Prefeitura de Cuiabá, faltam agora os recursos para a licitação das reformas gerais de alvenaria, que devem incluir banheiros, cozinhas, vedações, esquadrias, revestimentos, drenagem, reservatórios e sistema de tratamento de esgoto das 96 unidades.

O prefeito, Emanuel Pinheiro, anunciou ainda que está em busca de recursos federais para um programa de reforma geral nessas 96 unidades que estão com a infraestrutura precária. Segundo ele, serão necessários cerca de R$ 57,7 milhões para a ação. “A prefeitura não tem esse recurso, mas já conversamos com parte da bancada federal, para articular isso junto ao MEC.”

Recentemente ele informou também que dará continuidade a um processo licitatório de R$ 20 milhões, iniciado na gestão passada, para substituição de cobertura e instalações elétricas de 50 unidades. Esses recursos a Prefeitura já possui em seu orçamento, pois é um dinheiro do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB).  
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