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Notícias / Cidades

Cuiabá, VG, Rondonópolis e Sinop concentram 70% da criminalidade do estado

Da Redação - Isabela Mercuri

De toda a criminalidade do estado de Mato Grosso, 70% está concentrada somente em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop. Em 17 cidades com menos de 7 mil habitantes, como Alto Boa Vista, Araguaiana, Campos de Júlio, Conquista D´Oeste, Gloria D´Oeste e Indiavaí, não houve nenhum registro de assassinato nos últimos três anos.

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Só em 2016, foram trinta e uma cidades sem nenhum homicídio, em todas as regiões do estado: Nova Santa Helena, no Nortão, Nova Nazaré, no Araguaia e Rondolândia, na divisa com Rondônia, e diversas outras.

De acordo com a assessoria da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP), em 2014 e 2015, 40 municípios não tiveram nenhuma morte violenta registrada. O número de cidades com assassinatos aumentou nove vezes no ano passado, no entanto, houve queda de 4% no número total de homicídios em 2016 em relação a 2015, de 1121 para 1080. Também houve redução, de 12%, de 2015 para 2014.

Uma das exceções em relação às cidades ‘grandes’ é Água Boa. Com 24 mil habitantes, a cidade teve somente duas mortes violentas em 2016.

No pólo de Cáceres, quatro municípios integram a lista de 31 sem homicídios em 2016. Cinthia Gomes da Rocha Cupido, delegada regional, afirma que as ações conjuntas foram fundamentais para este resultado. “Ações integradas desenvolvidas em conjunto pelas forças de Segurança Pública em nossa região se mostraram fundamentais para o combate à criminalidade de um modo geral, e foram cruciais para que se alcançasse o cenário de inexistência dos crimes de homicídios no período”, avaliou.

O delegado Carlos Augusto do Prado Bock, responsável pelas Delegacias da Polícia Civil de Rio Branco, Salto do Céu e Lambari D’Oeste, concorda. “Em 2015, por sua vez, nas cidades de Salto do Céu e Lambari D’Oeste houve nove registros de homicídios, tentados e consumados, com motivações diversas envolvendo estímulos passionais, disputa de valores de tráfico, vingança, etc. No entanto, a resposta foi célere e envolveu todo o efetivo da Polícia Civil em investigações que resultaram em 100% de autoria delitiva identificada e representações das prisões deferidas pelo Judiciário local”. 

Para 2017, a esperança é de que os números melhorem. “Esses investimentos em efetivo, viatura, que é uma política da secretaria de segurança pública com certeza contribuiu para isso. É importante continuar investindo nessa integração, nessa interação entre as forças de segurança, trabalhando de forma comprometida. Tenho certeza de que se 2016 experimentamos uma redução significativa nos dados de homicídios, 2017 os resultados serão ainda melhores. Gostaria de reafirmar nosso respeito e confiança a todos os profissionais e dizer que a sociedade espera muito e nós somos responsáveis também para que o estado cresça e desenvolva e que a sociedade se sinta mais segura”, afirmou o comandante geral da Polícia Militar, coronel Jorge Luiz de Magalhães. 
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