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Governo vai criar “canal de denúncias anônimas” para investigar criminosos que usam Uber

Da Redação - Lázaro Thor Borges

Depois de uma reunião com a Associação Mato-grossense dos Taxistas (Asmat) o secretário de Segurança Pública, Roger Jarbas, decidiu criar uma “rede de denúncia anônima” para atender a uma reivindicação da categoria: o problema de segurança do aplicativo Uber.

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A reunião foi realizada ainda em janeiro, mas o resultado do encontro só veio a público nesta quarta (01), quando Jarbas resolveu falar sobre a polêmica disputa entre os taxistas e os condutores que trabalham para o Uber. Segundo ele, a Sesp deve se ater apenas às questões de segurança envolvendo o aplicativo.

“O que precisamos é devidamente controlar essas pessoas que estão vindo de outros Estados para cá, para verificar se não se trata de criminosos. Mas o transporte em si não é responsabilidade da Sesp”, explicou Jarbas.

A previsão é de que as denúncias funcionem pelo canal de comunicação normal da Polícia Militar. O denunciante poderá indicar motoristas e placas de veículos suspeitos e, com estas informações, a Sesp poderá monitorar e investigar eventuais suspeitos.

“A finalidade é criamos um canal de comunicação e de denúncias anônimas. As pessoas vão trazer as denúncias a Segurança Pública de eventuais criminosos que estão utilizando desse modal de transporte e a partir daí nós vamos deflagrar ações de segurança. Nós não estamos combatendo o Uber, nós estamos combatendo criminosos”, recordou o secretário.

De acordo com o presidente da Associação Mato-grossense dos Taxistas (Asmat), Abel Arruda, a reinvindicação dos taxistas foi estritamente sobre a segurança dos passageiros. Segundo ele, tem crescido o número de pessaos que se se passam por condutores cadastrados para cometer crimes.

Na próxima semana, a Asmat deverá se reunir com o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) para discutir o problema da regularização do aplicativo. A expectativa, conforme Arruda, é de que o prefeito consiga encontrar uma maneira de tornar a competição entre Uber e Táxi um pouco menos desigual.

"De qualquer maneira nós somos contra [O Uber], mas se tiver que funcionar que pelo menos funcione com critérios e de maneira regularizada.", reclamou ele. Além da reunião, os taxistas também aguardam uma audiência pública que deverá ser realizada na Câmara de Vereadores de Cuiabá, no dia 17 deste mês.
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