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Vídeo mostra membros do MBL sendo expulsos de acampamento do MST em Cuiabá

Da Redação - André Garcia Santana

Contrários aos ideais do Movimento Sem Terra (MST), dois integrantes do grupo Movimento Brasil Livre (MBL) foram a um acampamento de manifestantes que reivindicavam por direitos dos trabalhadores do campo em Cuiabá, na quarta-feira (8) e os filmaram enquanto faziam perguntas. Confundidos com policiais, eles foram expulsos do local, sendo puxados pelo braço para fora da quadra onde um acampamento foi improvisado.

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Na ocasião, onde bandeiras também lembravam a luta das mulheres, a dupla questionou os lavradores que eram ironizados enquanto tinham suas respostas filmadas. Ao longo das gravações, os membros do MBL perguntaram se o MST apoia a reforma agrária e do que se tratava a proposta. Questionaram também uma idosa se ela se lembrava pelo que havia protestado durante o dia.

Diante da falta instrução formal de parte dos manifestantes, eles se disseram “tristes e chateados” pela “falta de conhecimento” da maior parte das pessoas. “Existem várias faixas aqui questionando a medida provisória que altera a reforma agrária, fora Temer, outras questionando a reforma da previdência, mas nenhum deles nem sabia quais eram as faixas que estavam na manifestação de hoje”, diz o advogado Ulisses Moraes.

Ir a protestos para ironizar os membros de movimentos sociais é uma prática do MBL, observada também em outras cidades do Brasil pela página no Facebook "Mamãe, falei". O mesmo tipo de ação foi registrado em manifestações de apoio a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) durante o processo de impeachment, quando, em vários momentos, cidadãos não conseguem responder aos questionamentos, sendo taxados como massa de manobra. 
 


"O Movimento Brasil Livre possui membros de todas as classes sociais e o vídeo deixa claro que não possui o intuito de ironizar ou diminuir qualquer pessoa, muito pelo contrário, o Movimento fomenta a informação e busca ao máximo trazer conhecimento real e sério a todos os seus seguidores. A situação apresentada no vídeo é a triste realidade do povo pobre brasileiro sendo explorado e usado como massa de manobra de líderes com interesses escusos," afirmou Rafaell Millas.
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