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Notícias / Cidades

Defeito em câmara fria reduz capacidade de conservação de corpos no IML

Da Redação - Lucas Bólico

O defeito em uma câmara fria do Instituto Médico Legal em Cuiabá reduziu os espaços de armazenamento e conservação de corpos que chegam à unidade nesta semana. O problema, de acordo com o diretor do IML, João Marcos, foi detectado na última terça-feira (7) e o conserto deve ser concluído na tarde deste sábado (11).  

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João Marcos informou que ao constatarem o defeito no equipamento, os profissionais precisaram remanejar todos os corpos para uma única câmara fria que está funcionando, mas nem todos couberam.
 
Legalmente, o IML precisa manter por 30 dias os cadáveres não identificados para que as famílias tenham oportunidade de procurá-los. Para aumentar a chance a um enterro digno, Marcos explica que os corpos acabam ficando mais que prazo mínimo exigido pela legislação. Com o espaço reduzido, corpos que já estavam há mais de 30 dias sendo preservados precisaram ser enterrados.
 
Além das vítimas não identificadas, a câmara serve também para preservar cadáveres que dependem, por exemplo, de exame de DNA – que não é feito pelo IML. Ao Olhar Direto, João Marcos garantiu que nenhuma perda pericial foi provocada em decorrência do problema no equipamento.
 
O diretor do IML ainda explica que é feita uma medição diária na temperatura das câmaras frias para que qualquer problema seja diagnosticado com antecedência. Foi nessa avaliação que, segundo ele, foi constatado problema dessa semana.  
 
Um dia antes do defeito ser detectado na câmara fria, a unidade teve problemas no sistema de ar-condicionado e a autópsia de uma vítima de acidente foi realizada no dia seguinte. “É importante deixar claro que um caso não tem relação nenhuma com o outro e não houve nenhuma perda pericial”, reforçou o diretor do IML. 
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