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Delegado comemora redução em número de acidentes com mortes na capital

Da Redação - Wesley Santiago

O titular da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), Christian Cabral, comemorou a redução no número de vitimas fatais de acidentes na capital mato-grossense. A diminuição, segundo o delegado, foi de quase 50%. Christian entende que o trabalho desempenhado tem contribuído para os números.

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“Nós estamos desempenhando um trabalho ativo na Deletran e também junto a outras autoridades. Tivemos o fechamento e julho teve uma redução de quase 50% no número de óbitos no trânsito. Ao todo, foram 14 em Cuiabá no mês de junho e caiu para apenas seis em julho”, explicou o delegado.
 
Christian ainda ressaltou que houve diminuição no número de lesões corporais em acidentes. O número passou de 211, em junho deste ano, para 141 no mês de julho. “São números que mostram que estamos no caminho certo. Mas ainda falta muito a se fazer”, analisa o delegado.
 
Segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), no ano passado foram registrados 2.173 acidentes em Cuiabá. A capital mato-grossense conta atualmente com 414.692 veículos. Já na cidade vizinha, Várzea Grande, o número de veículos é 157.442.
 
Prejuízos
 
Os quase 10 mil acidentes de trânsito registrados pela Polícia Militar (PM) ao longo de 2016, provocaram impacto econômico de R$ 4,26 bilhões ou 4,13% no Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso. O número representa a perda da capacidade produtiva causada pelas 917 mortes e 640 casos de invalidez permanente contabilizados no último ano. Em outras palavras, o montante que seria gerado pelo trabalho das vítimas, de acordo com cálculo do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), da Escola Nacional de Seguros.
 
Segundo o diretor do CPES, Claudio Contador, a redução do número de vítimas de acidentes graves está ligada a dois fatores básicos: o aumento da fiscalização (Lei Seca) em alguns estados e a crise econômica, que reduziu as vendas de automóveis e tirou muitos veículos de circulação no país. "A violência no trânsito caiu de forma considerável, o que é um fato alentador. Ainda assim, o número de vítimas remete a um quadro de guerra. E a grande maioria concentra-se na faixa etária de 18 a 64 anos. Ou seja, pertence a um grupo em plena produção de riquezas para a sociedade."
 
"Quando uma pessoa morre num acidente, ela deixa de produzir riquezas para seu país. Se fica inválida, deixa de produzir e também impacta a economia de sua família, porque fica dependente de cuidados e tem despesas adicionais. É disso que a nossa pesquisa trata", explica Claudio Contador.
 
Mortes
 
O levantamento feito pelo Projeto Vida no Trânsito aponta que a velocidade excessiva é uma das principais causas que levam a morte no trânsito na região metropolitana de Cuiabá, com 53,1% dos casos. O estudo ainda detalha que os motociclistas são os que mais morrem (57,1%) e mais de 65% dos acidentes ocorrem nos finais de semana (sexta, sábado e domingo). Os números são referentes ao ano de 2015.
 
Segundo as informações reveladas pela Gerência de Perícias em Crimes de Trânsito da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), 48% das vítimas de trânsito na região metropolitana morreu na hora, sendo 86,% do sexo masculino e 44,9% com idade entre 18 e 35 anos. Entre as vítimas, 57,1% são motociclistas; mais de 50% dos acidentes ocorreu no fim de semana, 65,2% contando com a sexta-feira.
 
As perícias ainda apontam que 53,1% dos acidentes está relacionado à velocidade excessiva, 43,9% ao álcool, 24,5% a condutores sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Alguns dados referentes a 2016 também mostram que foram realizadas 546 perícias de trânsito na Região Metropolitana, sendo 268 com vítimas fatais.

(Colaborou André Garcia Santana).
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