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Notícias / Cidades

Secretário descarta ataques do PCC e CV em MT mas agentes penitenciários têm atenção redobrada

Da Redação - Wesley Santiago

Informações produzidas por setores de inteligência da Polícia Federal e da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) e divulgadas pelo UOL, apontam para uma possível aliança do Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) em diversos estados do país. Segundo a reportagem, criminosos em 24 Estados estariam de prontidão para iniciar ataques. O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp), Rogers Jarbas, disse não ter “nenhuma informação sobre isto”. O Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindspen) pediu atenção redobrada.

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Segundo o relatório da PF, os possíveis ataques seriam uma resposta às medidas que restringiram visitas íntimas a lideranças das duas facções em presídios federais e ao avanço das operações da PF contra o PCC e o CV. Os seguintes estados seriam o foco das ações: São Paulo, Rondônia, Paraná, Roraima e Ceará.
 
Porém, a reportagem informa ainda que criminosos em 24 Estados estariam de prontidão para iniciar os ataques. Os principais alvos dos ataques seriam agentes penitenciários federais, juízes, delegados da Polícia Federal e promotores de Justiça. O documento também cita a possibilidade de ataques no Rio de Janeiro, incluindo o uso de explosivos em um dos aeroportos fluminenses.
 
Em Santa Catarina, funcionários da Justiça Federal e do Tribunal de Justiça do Estado foram dispensados do trabalho após a PF e a PM emitirem um alerta sobre a iminência dos ataques. s Estados de Rondônia e de Goiás também estão com suas forças de segurança a postos diante da possibilidade de ataques conduzidos por facções criminosas.
 
Em entrevista ao Olhar Direto, o secretário Rogers Jarbas informou que “não temos essas informações. Cada estado tem uma realidade diferente no que tange aos faccionados. A Sesp possui um dos melhores relatórios de inteligência do país sobre facções criminosas. Estamos atentos aos movimentos nacionais, mas muito focados dentro do estado de Mato Grosso”.
 
Porém, o presidente do Sindispen, João Batista, informou à reportagem que “o pessoal está com atenção redobrada e tomando os cuidados de praxe. Infelizmente, aqui em Mato Grosso a Segurança Pública encobre tudo, não nos avisa de nada, enquanto que nos outros estados a situação é diferente”.

Salve geral
 
Em junho do ano passado, o clima de terror imposto por líderes de facções criminosas na Grande Cuiabá e Primavera do Leste, em apenas 48 horas, demonstrou uma situação nunca vivida em Mato Grosso. Por mais que haja negativa das autoridades, o "Salve Geral" decretado de dentro das penitenciárias provocou forte ambiente de insegurança e colocou o Estado em destaque na chamada grande imprensa.
 
Os presidiários exigiam a volta das visitas, já que estavam suspensas por conta da greve dos agentes penitenciários mato-grossenses. Em alguns bairros da periferia, os estabelecimentos comerciais fecharam as portas antes das 19 horas. E os veículos de comunicação deram destaque ao fato de as ordens terem partido de dentro dos presídios, que já produziram disparos contra casas de agentes penitenciários, ameaças a policiais e incêndio de três ônibus, além de carros e motos.
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