Na manhã deste domingo (17), a Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) aplicou as provas para os candidatos que irão concorrer aos cargos de professor da educação básica.
A reportagem do
Olhar Direto esteve nos locais do exame e conversou com candidatos. A maioria segue desiludida com os salários, mas enxerga na estabilidade um possível melhora de vida.
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Com cerca de cinco anos lecionando na área de ciências biológicas, a professora Jeiza Alves de Souza, de 40 anos, relatou minutos antes, o motivo pelo qual decidiu realizar o concurso.
As palavras da professora foram claras. “O salário não é compatível, não temos motivação nenhuma, o professor não é valorizado. Eu busco mesmo é estabilidade”, conta a professora que leciona em escolas particulares.
“A educação, infelizmente está em último lugar. Nós [professores] temos que nos virar e dar aula em vários lugares para conseguir nos manter e fazer compensar nosso ensino superior”afirmou.
Também buscando estabilidade, a professora Eliane Silveira Viana, 39 anos, relatou que pretende obter reajustes no salário, e dar uma melhor qualidade de vida para a família. Para isso, foram dois anos estudando.
“Não estudei tanto quanto queria. Mas houve um preparo. Estudei os conteúdos separadamente e nos últimos meses me dediquei à legislação”.
Com uma carreira de 10 anos, a candidata Essilene Oliveira, 35 anos, busca crescimento na carreira, já que nos últimos anos acabou ficando desempregada. “Já atuei por muito tempo na área, porém não temos muitas oportunidades”.
O concurso
Esse é o primeiro concurso público no Brasil com quatro fases eliminatórias para professores da educação básica.
Em uma delas, o candidato terá que preparar e ministrar uma aula perante uma banca de examinadores.
A proposta da Seduc, por meio do programa Pró-Escolas, visa à melhoria da qualidade de ensino nas escolas estaduais, com base no Plano de Governo da gestão de Pedro Taques. No total foram ofertadas 5.748 vagas.
Salários
A remuneração paga hoje aos professores em início de carreira, de R$ 3.640,34 (30 horas semanais), é a segunda melhor entre os 27 estados brasileiros.