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Acusado de atropelar e matar travesti nega crime mas delegado não tem dúvidas: “reconhecido por duas testemunhas”

Da Redação - Wesley Santiago

Thiago Marques Tapajós, 28 anos, detido na terça-feira (03) por matar a travesti Natalia Pimentel, na região do ‘Zero KM’, no Jardim Potiguar, em Várzea Grande, negou as acusações feitas contra ele. Porém, o delegado Flavio Stringueta, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), não tem dúvidas: “Ele foi reconhecido por duas testemunhas, com 100% de certeza”.

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“Ele já tinha sido ouvido antes de ser preso e negou o crime. Após a detenção, os advogados disseram que ele ia manter a mesma linha, portanto, nem foi mais ouvido. O Thiago foi reconhecido com 100% de certeza por duas testemunhas, sendo um mototaxista que passava no momento do crime e uma amiga da travesti”, explicou o delegado ao Olhar Direto.
 
Agora, o delegado espera concluir o inquérito em menos de 30 dias, que é o tempo previsto na prisão temporária do acusado: “Após isto, vou solicitar que se converta para prisão preventiva. Não temos dúvida sobre o caso, está bem encaminhado”, finalizou Stringueta.
 
Thiago já foi preso por assassinar dois irmãos após uma briga de bar, no ano de 2011, no bairro Cidade Alta, em Cuiabá. Além disto, ele também foi alvo de tentativa de homicídio. Quando o fato aconteceu, ele disse no depoimento que “resolveu matar os dois irmãos porque “se matasse somente um, o outro iria ficar lhe enchendo o saco”.
 
Morte de travesti
 
Thiago foi preso em um residencial no bairro Osmar Cabral, em Cuiabá, no início da tarde de terça-feira (03), pela equipe do delegado Flavio Stringueta. O crime aconteceu no dia 24 de julho deste ano. O vídeo de uma câmera de segurança mostra o momento em que a travesti conversando com outra colega, em frente a um motel, quando o motorista de um VW Gol acelera e joga o veículo contra as duas. A vítima estava de costas quando foi atingida pelo carro e foi jogada para o alto, antes de cair no chão, já desacordada.
 
Desesperada, a outra travesti que estava com Natalia corre até a amiga pra tentar ajudá-la. A vítima chegou a bater parte da coluna no meio fio. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi rapidamente acionado e a encaminhou para o Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (PSMVG).
 
Natalia ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu aos ferimentos e teve morte cerebral. Logo depois, houve uma parada cardíaca. O crime está caracterizado como homicídio doloso (quando há intenção de matar) e as investigações seguem sob a coordenação da DHPP
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