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Sejudh nega privilégios a personal trainer e explica permissão para aplique de R$ 6 mil nos cabelos

Da Redação - Wesley Santiago

A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) negou qualquer tipo de privilégios para a personal trainer e professora de Educação Física, Helen Christy Carvalho Dias Lesco, mulher do coronel da PM Evandro Alexandre Lesco, na unidade penitenciária feminina Ana Maria do Couto. Além disto, também explicou a permissão para o uso do aplique de R$ 6 mil no cabelo dela.

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Em nota encaminhada à imprensa, a Sejudh esclarece que “não há definitivamente qualquer tratamento diferenciado além do que é previsto na legislação. A custodiada recebe o mesmo tratamento dispensado às demais reclusas”. Acrescenta também que “em relação ao recebimento de visitas, a custodiada tem direito a cadastrar até cinco pessoas, além dos seus advogados, conforme o que prevê o Procedimento Operacional Padrão do Sistema Penitenciário”.
 
Neste tempo que está presa, Helen Lesco recebeu visita de seus pais e do irmão nos dias permitidos (domingo e quarta-feira), além dos advogados. Na terça-feira (03), ela foi ouvida pela delegada Ana Cristina Feldner, que comando as investigações sobre os grampos ilegais em Mato Grosso.
 
Sobre os apliques de R$ 6 mil, a Sejudh explica que “aqueles que possuam qualquer objeto metálico (grampo ou prendedor), redes para fixação ou outro material que possa servir como arma ou para ocultar a entrada de ilícitos, são retirados por medida de segurança quando uma reclusa dá entrada na unidade prisional”.
 
“No caso da custodiada Helen, o aplique utilizado é do tipo fixo e fora colocado com cola rente ao couro cabeludo e a retirada do mesmo se dá com produto específico, para que não cause queda do cabelo natural e lesão capilar que pode levar à calvície. A vistoria foi realizada pela equipe de disciplina e segurança e direção da penitenciária feminina”, finaliza a nota.
 
O caso
 
A professora de educação física chamou a atenção da imprensa na terça-feira (03) por conta de um aplique de cabelo loiro avaliado em R$ 6 mil. Na penitenciária, Helen Lesco teria se negado à arrancá-lo, o que forçou a delegada Ana Cristina Felder a exigir explicações à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). 
 
Helen foi presa no último dia 27 pela Polícia Judiciária Civil (PJC) após a deflagração da "Operação Esdras", por suposto envolvimento no esquema de grampos telefônicos no Estado. Assim como seu marido, o coronel Evandro Alexandre Lesco, ex-chefe da Casa Militar, Helen Lesco só irá se manifestar em juízo. Ela cumpre prisão preventiva há uma semana na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May.
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