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Governador nega "polêmica" com Emanuel e garante: "Cuiabá não ficará sem hospital, desejo que fique pronto em abril"

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira/ De Tangará da Serra - Érika Oliveira

O governador do Estado Pedro Taques (PSDB) colocou panos quentes sobre a polêmica levantada pelo prefeito da capital Emanuel Pinheiro (PMDB). A bancada federal de Mato Grosso havia prometido enviar R$ 82 milhões para equipar o novo Pronto-Socorro de Cuiabá, mas decidiu, nesta terça-feira (17), ratear o valor entre a Prefeitura e o Governo do Estado. Segundo Emanuel, a atitude revela “falta de compromisso” com a população cuiabana. Para Taques, não é bem por aí. “Não tem polêmica, vamos chegar e chamar o prefeito para resolver”.

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“Vou chegar a Cuiabá e ligar para o prefeito Emanuel Pinheiro, vamos conversar e resolver isso. Cuiabá não ficará sem hospital, desejo que ele fique pronto em abril do ano que vem. Não sou engenheiro, mas nosso desejo é que ele fique pronto em abril do ano que vem. R$ 50 milhões é o que o Governo do Estado está bancando ali. Vamos resolver a questão. Já temos uma engenharia toda para resolver a questão dos equipamentos e da hotelaria do hospital. Não tem polêmica, vamos chegar e chamar o prefeito para resolver. Estamos juntos por Cuiabá e Mato Grosso”, afirmou o governador Pedro Taques na noite desta sexta-feira (20).

O governador acompanha as atividades da “10ª Caravana da Transformação” em Tangará da Serra (a 242 km de Cuiabá).

A bancada federal de Mato Grosso, sob a coordenação do deputado federal Victório Galli (PSC), acatou o pedido do governador Pedro Taques (PSDB) e decidiu em reunião nesta terça-feira (17) que irá destinar recursos das emendas impositivas para o custeio da saúde pública ainda no ano de 2017. Serão, no total, R$ 50 milhões repassados aos municípios do Estado para atenção básica.

Alegria de um lado, decepção de outro

Taques comemorou. “Agradeço pelo apoio da nossa bancada em nome do cidadão que precisa de atendimento público de saúde. Esse é um assunto que tratamos com toda a prioridade e que só iremos resolver com a ajuda de todos. Tenho certeza que podemos contar com os deputados e senadores para o enfrentamento desse desafio que é melhorar a saúde”.

Pinheiro chateou-se. “Como é que um Governo que acaba de receber R$ 50 milhões para resolver um problema deles, vai ter condições de repassar R$ 30 milhões para Cuiabá? Eu quero deixar registrado, como prefeito da Capital, a minha angustia, preocupação e indignação com a descortesia da bancada federal. E o que é pior, a falta de compromisso da bancada com a população cuiabana”, garganteou o prefeito da Capital.

Diante das incertezas e apesar do otimismo do governador, há sério risco do Pronto-Socorro de Cuiabá tornar-se um “elefante branco”, avaliou o deputado Carlos Bezerra (PMDB) no último dia 18.

“A bancada foi pressionada pelo Governo (do Estado) e tomou uma decisão açodada. Mas, no íntimo, a maioria é contra. Creio que estão trocando o certo pelo duvidoso, onde Cuiabá vai arrumar os R$ 80 milhões para equipar o novo hospital? Vai terminar o prédio e corre o risco de virar um elefante branco, sem equipamento. Porque a Prefeitura de Cuiabá não possui recursos próprios para comprar tudo e equipar, como projetado”.

As emendas impositivas da bancada, que totalizam R$ 156 milhões, são alvos de polêmicas desde o início do ano, quando o governador Pedro Taques (PSDB) pediu para que a bancada mudasse a destinação de parte do recurso – o que incluía o dinheiro para equipar o novo Pronto-Socorro de Cuiabá – para quitar as dívidas acumuladas na saúde estadual.
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