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Gilmar Fabris não assume AL para tratar saúde e diz que prisão serviu para refletir sobre as coisas de Deus

Da Redação - Ronaldo Pacheco

O vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Gilmar Fabris (PSD), declinou de assumir a presidência por três dias, para manter seu tratamento de saúde, com exames previamente agendados, em São Paulo (SP). Ele lembrou que tem de estar sempre alerta, porque sofre de síndrome do pânico, diabetes e pressão alta, sendo obrigado a fazer uma checagem periódica.
 
O presidente da Assmebleia, deputado Eduardo Botelho (PSB), vai assumir o governo por três dias, em substituição ao governador em exercício Carlos Fávaro (PSD), que vai para a Alemanha, participar da Conferência Mundial do Clima (COP23). Em sendo assim, quem vai comandar a Assembleia é o atual primeiro secretário, deputado Guilherme Maluf (PSDB), que já foi presidente no biênio anterior.
 
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Com o declínio de Fabris, o sucessor automático seria o deputado Max Russi (PSB), segundo vice-presidente do Poder Legislativo, atualmente licenciado para comandar a Casa Civil do governo Pedro Taques.
    
“Tenho síndrome do pânico, diabetes e pressão alta. Até foi bom  emagrecer [quase 19 quilos na prisão]. Realmente me fez bem. Mas o exame é essencial, embora seja de rotina, para ver se as coisas [da saúde] estão certas”, argumentou o parlamentar do PSD, em entrevista à Rádio Capital FM, nesta segunda-feira (6).
 
Gilmar Fabris já tinha assumido a presidência,  no início de setembro, quando Botelho foi para o exterior e constatou não poder fazer nada. “Eu não posso assumir e declinei, sim. Estarei ausente de Cuiabá, fazendo exames em São Paulo. Na verdade, a gente não assume nada [como medida prática]. É questão mais praxe [como formalidade]. Ninguém vai deliberar como presidente. Não vou assumir, até porque não tem o que assumir, também”, sintetizou Fabris, que já foi presidente da Assembleia (1995-97).
 
Contato divino
 
Sobre o fato de ter permanecido 40 dias recluso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), Gilmar Fabris disse que não tem mágoa da Procuradoria da Assembleia Legislativa, porque  foi a vontade de Deus.  
 
“Sem dúvida, foi a vontade de Deus. Foi muito bom para repensar a vida, no seguinte; às vezes você está aqui fora e é muito intolerante. Chega  a ser arrogante e precisa ter mais Deus no coração. Eu agradeço a Deus”, ponderou ele, na mesma entrevista.
 
“Às vezes se fala muito em Deus e não põem em prática. Lá me apeguei no que eu tinha como força, no momento, que era Deus. Estou com Ele e não abro”, prometeu Fabris, ao estilo pentecostal.
 
Gilmar Fabris também disse buscar mais ser um servo de Jesus Cristo. “Chega essa hora e você vai creditar em quem? Em Deus, ora! Eu não cometi crime nenhum; estou de cabeça erguida! Deposito isso [40 dias na prisão] como desejo de Deus. Foram  40 dias para eu repensar a minha vida e lá era para ficar esse período. Não tem razão de estar magoado com A ou B. O que eu quero é tocar a vida e trabalhar”, complementou Fabris.
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