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Projeto de Cuiabá recebe Medalha Paulo Freire do Ministério da Educação

Da Redação - Fabiana Mendes

O projeto “Os Educandos da EJA como Agentes Transformadores nos 300 Anos da História Cuiabana” recebeu a Medalha Paulo Freire do Ministério da Educação (MEC) na ultima quinta-feira (23). A premiação é uma iniciativa do MEC que reconhece e estimula experiências relevantes para a alfabetização e a Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil.

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A secretária adjunta de Educação de Cuiabá, Edilene de Souza Machado e a líder de equipe de Educação de Jovens e Adultos (EJA), Marilene Carvalho, receberam nesta quinta-feira (23), estiveram em Brasília para receber a medalha.

De acordo com a assessoria, ao todo, 58 trabalhos participaram da seleção. Na edição deste ano, Cuiabá pela primeira vez inscrita na premiação ficou em terceiro lugar com o projeto “Os Educandos da EJA como Agentes Transformadores nos 300 Anos da História Cuiabana”. Fortaleza (CE) ficou com o 1º lugar; Goiânia (GO), 2º lugar.

A secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Ivana de Siqueira, destacou durante a solenidade, o caráter desafiador da EJA, oferecida a partir dos 15 anos para o público de ensino fundamental e, para o ensino médio, a partir dos 18 anos. Ela falou sobre a importância de dividir essas experiências para aprimorar a Educação de Jovens e Adultos no Brasil.

Hoje no Brasil, 50 milhões de pessoas, com 15 anos ou mais, não completaram a educação básica. “Temos procurado encontrar maneiras de contribuir, cada vez mais, com os estados e municípios, e com a rede de escolas do nosso país para diminuir esses números ainda preocupantes”, salientou Ivana de Siqueira. 

Para a secretária adjunta de Educação, Edilene Machado as experiências educacionais bem-sucedidas, que promovem políticas, programas e projetos relevantes para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) são fundamentais para a universalização da alfabetização e a melhoria da qualidade da educação, humanizada e inclusiva.  

Edilene Machado explicou que a Educação de Jovens e Adultos é uma das preocupações da SME, em razão de várias questões como os altos índices de evasão. Nesse sentido a Secretaria vem implementando iniciativas com o objetivo de diminuir esses índices, uma delas é o projeto da Cuiabá 300 anos, inscrito no premio.

“O projeto promove um resgate da cultura, social e de todos os aspectos do conhecimento,  inclusive geográfico e histórico da nossa capital. O diferencial é que se trata de um projeto da rede, que envolve alunos e professores, das 13 unidades que atendem a EJA, urbanas e do campo, e os quatro Centros de Convivência de Idosos, além de toda a Secretaria Municipal de Educação, e que vai culminar no dia 8 de abril de 2019”, explicou a Secretária Adjunta.

Edilene Machado destacou ainda a abrangência dos temas envolvidos no projeto como diversidade e inclusão, este inédito entre os inscritos no prêmio. “Cuiabá está na frente em muitos aspectos e, no próximo ano, vamos nos inscrever novamente. Com certeza estaremos concorrendo ao primeiro lugar, porque temos ‘know-how” e uma equipe atenta as questões pedagógicas”, destacou.

A Secretária adjunta disse que visando melhorar ainda mais a qualidade do ensino ofertado em Cuiabá, a SME já vem discutindo novas iniciativas e parcerias uma delas com  o Instituto Federal de Educação de Mato Grosso (IFMT), a fim de ofertar aos alunos da EJA a possibilidade de uma formação técnica.  

Em Brasília, a solenidade foi acompanhada pelo Ministro da Educação, José Mendonça Bezerra Filho, pela secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Ivana de Siqueira de Jovens e Adultos (Secadi), gestores das unidades escolares e técnicos do MEC.
 
Valorização

A líder de equipe da Educação de Jovens e Adultos (EJA), Marilene Carvalho falou sobre o projeto e lembrou que os trabalhos desenvolvidos nas unidades escolares valorizam a cultura, os costumes e traços histórico-sociais locais, com foco nos estudantes, para que eles não sejam apenas seres ‘letrados’ mas sim, que tenham ampla compreensão do mundo que os cerca.

“Esse trabalho que busca reviver e reescrever a história cuiabana com a  perspectiva da (re) construção do conhecimento, por meio do dialogo entre o saber escolar e o saber popular, coaduna com a  proposta da Medalha Paulo  e atende a  premissa do eixo norteador da Educação:  Direitos Humanos, Diversidade, Inclusão e Cidadania", destacou Marilene Carvalho.

A escolha dos trabalhos premiados foi feita por uma comissão julgadora, que visitou as instituições que executam na prática os projetos.

Os autores de experiências vencedoras da edição 2017 da Medalha Paulo Freire ganharam uma peça em bronze onde aparece em uma das faces, a imagem do educador e na outra, a frase: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. A premiação tem caráter exclusivamente cultural, o que exclui qualquer modalidade de sorteio ou pagamento aos concorrentes.
 
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