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Mãe de bebê que foi vítima de ritual com agulhas é solta e volta a morar com criança

Da Redação - Vinicius Mendes

A menina, identificada como A.L.J.S, do município de São Pedro da Cipa (a 238 km de Cuiabá), que foi vítima de um ritual religioso e teve três agulhas introduzidas no corpo em dezembro do ano passado, agora vive com a avó e também com a mãe, uma das acusadas de ter praticado o crime contra a criança e foi solta há cerca de 30 dias. A criança faz acompanhamento médico, já que ainda está com agulhas no corpo, e toma remédios prescritos. Todos os envolvidos no caso respondem em liberdade.

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De acordo com informações do Conselho Tutelar, as duas agulhas na cabeça e metade de uma agulha no abdome da menina não foram retiradas, mas ela continua fazendo acompanhamento médico.

A avó da criança, que tem a guarda, frequentemente a leva para o Hospital Regional de Jaciara para que a menina seja avaliada por um médico, que prescreve a receita do remédio que toma. Sempre que ela sente dores o remédio é dado.

Ainda segundo informações do Conselho Tutelar, tirando o fato de ainda estar com as agulhas, a menina, que já tem mais de um ano de idade, está com boa saúde e ganha peso. Há cerca de 30 dias a mãe, identificada como C.S.S, foi solta do Complexo Pomeri, em Cuiabá. Na época do crime ela era menor, mas já completou 18 anos.

O pai da criança e os outros três envolvidos no caso respondem em liberdade e utilizam tornozeleira eletrônica. Eles devem passar por Júri Popular.

A promotora Cássia Vicente, da Promotoria de Justiça de Jaciara, é quem está à frente do caso. O Olhar Direto tentou entrar em contato com ela, mas fomos informados que a promotora está de férias. O Ministério Público também foi procurado, mas até o encerramento desta matéria não enviou uma resposta.

O caso

A Polícia Civil de Jaciara foi acionada pelo Conselho Tutelar na noite do dia 12 de dezembro de 2016, sobre o fato que teria acontecido no dia 11. Os conselheiros receberam denúncia da equipe médica do Hospital Municipal de Jaciara sobre suspeita de tortura contra A.L.J.S, na época com 3 meses de idade.
 
O pai da menina foi preso no dia 13. Wellinton de Jesus Costa, 28, é suspeito de aceitar receber o valor de R$ 250 para submeter a filha ao ritual que foi conduzido por Iraci Queiroz dos Santos, 42 anos, conhecida como “Baiana”, e que foi presa no mesmo dia, na cidade de São Pedro da Cipa.
 
Quatro mandados de prisão temporária foram expedidos pelo Judiciário na quarta-feira (14), após representação da autoridade policial, dois deles em desfavor de Welliton e Iraci. Foram presos também Débora Queiroz dos Santos e Ricardo César dos Santos, filha e genro de "Baiana", que teriam participado do ritual.
 
A mãe da vítima, a menor C.S.S, na época com 17 anos, foi apreendida no dia 15. Ela vai responder a ato infracional análogo a tentativa de homicídio. A adolescente foi encaminhada ao Complexo Pomeri, em Cuiabá, mas já foi solta.
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