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Prédio do antigo Hospital Central irá abrigar nova sede do Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Correa

Da Redação - Érika Oliveira

Uma equipe do Ministério Público do Estado visitou as obras que estão sendo realizadas no antigo prédio do Hospital Central de Cuiabá, que em 4 meses dará lugar à nova sede do Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Correa (Cridrac). Abandonado há 30 anos, o espaço está sendo reformado com recursos oriundos de multas civis.

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“É um sonho de mais de 40 anos, tanto dos servidores como dos usuários. E agora vai melhorar não só o acesso, a amplitude do atendimento, mas principalmente a qualidade. A estrutura física vem hoje atender aos anseios da acessibilidade à pessoa com deficiência, às normas de vigilância sanitária, e aos trabalhos técnicos com novas tecnologias, equipamentos e servidores”, disse a diretora geral Cidrac, Flavia  Ribeiro Cardoso.

Iniciada em 1984, no governo Júlio Campos (DEM), com previsão de aproximadamente 300 leitos, a obra do antigo Hospital Central está abandonada há quase 30 anos e já passou por sucessivas batalhas judiciais. Quando foi lançado, o Hospital já tinha o objetivo de desafogar o Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, situação que somente se agravou nas últimas décadas, com o aumento da demanda.

Em 2009, o Ministério Público Federal (MPF) pediu o ressarcimento de R$ 14 milhões em ação protocolada em 2003, pelo então procurador da República Pedro Taques (PSDB), atual governador do Estado. No ano passado, já governador, Taques chegou a anunciar a retomada da obra. O espaço daria lugar à Cidade da Saúde, que seria construída em parceria com a iniciativa privada, mas o projeto nunca saiu do papel.

“A felicidade de ver que em pouco tempo um prédio que estava abandonado, inútil, dinheiro público jogado fora, transformado num prédio útil e prestar serviços para uma parcela da sociedade que necessita muito dele”, avaliou o promotor de Justiça Roberto Turin.

O Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Correa (Cridrac) atende atualmente 72 pessoas de todo o Estado, com alguma deficiência visual, motora, auditiva ou intelectual. O ambiente tem sido alvo de denúncias há anos por conta de sua precariedade. A conclusão da sede do Cridac, de acordo com o novo cronograma do Ministério público, está prevista para abril de 2018.
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