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Prefeitura emite alerta sobre possível surto de conjuntivite em Várzea Grande

Da Redação - Fabiana Mendes

Diante do crescente registro de conjuntivite em Várzea Grande, a prefeitura emitiu um alerta na tarde de segunda-feira (18) informado possível surto na cidade. Segundo a Secretaria de Saúde, as unidades de atendimento irão ganhar um reforço no atendimento.

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A conjuntivite é uma doença ocular que causa inflamação da conjuntiva e na esclera (parte branca do olho), uma membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e a parte interna das pálpebras.

É comum que os dois olhos sejam afetados, por conta da proximidade um do outro. Costuma durar entre 1 e 2 semanas, geralmente não causa sequelas e é bem frequente no verão. A conjuntivite pode ser caracterizada como aguda ou crônica.

Como muitas pessoas têm essa dúvida, abaixo você consegue distinguir as 3 principais (alérgica, viral e bacteriana):

Os três tipos de conjuntivite costumam causar secreção nos olhos. Enquanto na bacteriana a secreção é purulenta, na viral e alérgica a secreção costuma ser mais aquosa.

Na forma viral, outros sintomas de virose costumam estar presentes, como dor de garganta, espirros, tosse e mal estar. A forma alérgica costuma afetar os dois olhos ao mesmo tempo, enquanto a bacteriana e a viral primeiro afeta um dos olhos e, dias depois, o outro. Linfonodos palpáveis na região posterior das orelhas costumam estar presentes nas formas bacterianas e virais, diferente da alérgica, que não costuma apresentá-los.

O diagnóstico não é fácil de fazer e, muitas vezes, os oftalmologistas erram, dando diversos colírios que possuem antibióticos para conjuntivites que não necessitam, como a viral e a alérgica.

Sintomas da conjuntivite

Os principais sintomas da conjuntivite são olhos vermelhos, coceira, pálpebras inchadas, secreção purulenta, no caso de conjuntivite bacteriana, secreção esbranquiçada. 

Grupos e fatores de risco

Estar com a imunidade baixa pode ser um fator de risco da conjuntivite. Estar com as mãos sujas, não trocar constantemente as roupas de cama e toalhas também pode facilitar o contato com a doença. Outro fator que pode trazer risco é a predisposição a doenças autoimunes ou virais.

Os grupos mais propensos a terem o problema são pessoas alérgicas,   recém-nascidos, pessoas que trabalham com estilhaço de metais e vidros e não utilizam os óculos de proteção, pessoas que tenham contato com produtos de limpeza, pessoas que trabalham na manipulação de medicamentos e produtos químicos sem o uso dos óculos de proteção.

Diagnóstico

O médico especialista em realizar o diagnóstico da conjuntivite é o oftalmologista. O primeiro passo é descobrir o tipo de conjuntivite (alérgica, bacteriana ou viral).

Para isso, ele um exame conhecido como bomicospia é feito, através de um aparelho que aumenta a imagem, no mínimo, 10 vezes, realizando uma detalhada avaliação. Após isso, o médico, através da instilação de fluoresceína, detecta possíveis lesões na córnea.

Tratamento

O tratamento pode ser feito com compressas embebidas em soro fisiológico e colírios indicados pelo médico, além de ser muito importante limpar os olhos com frequência. É muito importante consultar o médico para fazer o tratamento, pois é ele quem indicará o tipo de conjuntivite e, consequentemente, o tratamento. O uso do colírio correto é fundamental pois existem alguns anti-inflamatórios, outros antibacterianos e outros antialérgicos.

Compressas à base de camomila podem acalmar os sintomas da conjuntivite, por evitar a inflamação. Ao aplicar, é importante que seja feito com gaze para filtrar e aplicar em cima do olho.

Lentes de contato não devem ser usadas durante o tratamento. Cuidado especial com a higiene também deve ser redobrado para evitar a evolução da infecção.
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