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Após dois abortos, casal pede ajuda para comprar remédio que mantém a terceira gravidez

Da Redação - Isabela Mercuri

Após sofrer dois abortos espontâneos, Elisângela Maria Ferrarez, 34, que vive em Cuiabá há vinte anos, precisa de ajuda para manter a terceira gravidez. Hoje, com 3 meses e 1 semana de gestação, ela descobriu que sofre de ‘incompatibilidade imunológica’ em relação ao tecido do marido, e precisa de R$6 mil para continuar tomando os remédios que a ajudam a manter o bebê.

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A incompatibilidade foi descoberta após um exame chamado ‘Cross Match’. “Esta é a terceira gravidez, mas a primeira que chega neste estágio. A primeira, quando descobri, sofri o aborto uma semana depois.  A segunda, ia completar doze semanas, ainda no primeiro trimestre. Foi então que fiz uma investigação. Procurei uma médica, que descobriu o problema. Eu e meu esposo fizemos um exame, o cross match, e o resultado foi negativo”, contou Elisângela ao Olhar Conceito. “Eu não crio anticorpos para o bebê. Meu corpo entende que o feto é um corpo estranho, e acaba expulsando”.

Após essa descoberta, ela, que está desempregada, soube que poderia fazer um processo de imunização, por meio de uma vacina criada a partir do sangue do marido, e, depois, fazer o exame novamente. Este processo, no entanto, é muito caro, e não é oferecido nem pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nem pelo plano de saúde do casal.  “Pesquisando no Google, vi que a vacina, feita de linfócitos, custa de 700 a 1500 reais. E de acordo com a orientação médica eu teria que tomar três, fazer o teste, e ir tomando depois, todos os meses, durante a gravidez”, explica. “No entanto, também tem a questão de não tenha eficiência. Pesquisando em fóruns, eu vi relatos de pessoas que fizeram a vacina e não tiveram o exame positivado. É um risco duplo”.

Elisângela decidiu não fazer o processo de imunização, mas engravidou novamente. “Por conta da idade, sobrepeso e questão hormonal, eu não posso tomar contraceptivos. E, usando a tabelinha, eu engravidei”.

Hoje, ela toma um medicamento chamado “Enoxaparina Sódica”, de 40 mg/4ml, que, segundo o médico, pode ser um meio para criar os anticorpos necessários para manter o feto. “Essa semana fizemos uma ultrassom. O feto está com três meses, intacto, a ultrassom está perfeita, e isso nos animou, chegamos à conclusão que deu certo”, comemora.

Até o momento – cerca de 20 dias – o casal já gastou mais de mil reais com o remédio. Segundo a gestante, o médico afirmou que serão necessárias 220 ampolas para toda a gestação, e cada uma delas custa cerca de R$41.

Por este motivo, o casal – ela, desempregada, e ele, professor e músico – criou uma ‘Vakinha Virtual’ para tentar arrecadar o valor que falta para o remédio. Até o momento, já foram arrecadados R$565, de um total de R$6 mil.

Quem quiser ajuda o casal pode doar clicando AQUI
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